terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito


"Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito" (LC 23, 46)
(...)
- Agora, deixa cair lentamente a cabeça sobre o peito e, com as palavras que havia aprendido nos joelhos de Maria- palavras com que todas as crianças judias encomendam a sua alma a Deus ao deitar-se- entrega o espírito nas mãos de seu Pai"

 A Amizade com Cristo. Robert Hugh Benson. Quadrante.São Paulo. 1996. Págs. 112 e 113.

Comecemos

"Em nome de Cristo, comecemos. Porque Cristo, da sua parte terminou"

A Amizade com Cristo. Robert Hugh Benson. Quadrante.São Paulo. 1996. Página 112.

A ambição da auto-negação

"(...) bem aventurados os que têm fome" de Deus, bem aventurados os que são espiritualmente ambiciosos, mas essa ambição deve ser promovida não pela auto-afirmação, mas pela auto-negação (...).
É por não compreendê-lo que, mesmo que aspiremos a metas altas na vida espiritual, facilmente chegamos ao desânimo e à deceção e começamos a desfalecer".
 
A Amizade com Cristo. Robert Hugh Benson. Quadrante.São Paulo. 1996. pág. 94

Trazer Nosso Senhor na alma

«Traga Nosso Senhor na sua alma
e represente-O
ora como Menino,
ora como Crucificado
ou Ressuscitado…
Esse olhar da alma para Ele
inflama-a de amor.
A toda a hora pode olhá-l’O.
Essa vista de Jesus a pacificará,
se estiver perturbada ou exaltada;
a fortalecerá, se estiver abatida;
a recolherá, se estiver dissipada.»

Santa Teresa dos Andes | 1900 – 1920
Carta 137

Jesus deseja a nossa ternura

"(....) quando O vemos sentar-se, cansado, à beira do poço de Jacó, enquanto os seus amigos vão buscar comida; quando no Horto das Oliveiras, censura doridamente aqueles que deveriam consolá-lo- "não pudeste velar uma hora comigo ? "(Mt 26, 41); quando, pela última vez, se dirige àquele que o havia perdido (...)- "Amigo, a que vieste ?" (Mt 26,50) - então, compreendemos que, mais do que a adoração de todos os anjos na glória, o que Ele deseja é a ternura e o amor dos homens, sentimentos a que só a amizade faz jus."
 
- "E, se alguém abrir, entrarei e cearei com ele e ele comigo" (Apoc. 3,20).
 
- "já não vos chamarei servos..., mas amigos" (Jo, 15,15)
 
- "Eis que eu estou convosco todos os dias" (Mt 28,20)
 
 
A Amizade com Cristo. Robert Hugh Benson. Quadrante. S.Paulo.1996. Pág. 13.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Confiar em Deus é o começo da vida eterna em nós

«A excessiva confiança na razão humana
facilmente conduz
a afastar-se das fontes sobrenaturais da fé, que
– segundo S. Tomás de Aquino –
“é o começo da vida eterna em nós”.
E por isso é difícil para os “ricos” de sabedoria
entrar no Reino dos Céus.
Por outro lado, os simples,
os que sabem que nada sabem,
que não podem saber nada por si mesmos,
elevarão humildemente o seu olhar para o Céu,
para alcançar como dom “lá de cima”
o que eles não podem alcançar.
Por isso Cristo louvava o Pai
por ter revelado os segredos do Reino
aos pobres e aos pequenos.»

Santa Teresa Benedita da Cruz | 1891 - 1942
Felizes os pobres em espírito, I, 5

A caridade é fruto da aniquilação de nós próprios

"Mas não pensemos que qualquer código de conduta, mantendo a nossa palavra ou controlando os nossos sentidos ou sendo caridoso para com os nossos próximos é em si mesmo o "ser Cristão",
Isso são só as flores que desabrocham da raiz e a raiz é humilhar-nos a nós próprios, oferecendo-nos a nós próprios, aniquilando-nos a nós próprios na presença de Deus todo poderosos
 
 
Ronald Knox

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O coração livre

"Vivo desprendido dos bens materiais ?
Tenho o coração livre face às solicitações do ambiente ?
Recuso a vida fácil e acomodada ?
Recebo com alegria os momentos de dificuldade que se possam apresentar ?
Sou exigente comigo mesmo na guarda da imaginação e dos sentidos ?
Sei prescindir voluntariamente de algumas coisas licitas (tv, etc..) com o afã de reparar as minhas ofensas e as dos outros, que recebe constantemente o Senhor ?"

D.Javier Echevarria. Bispo. Carta Pastoral de Dezembro de 1994

Recuperar diariamente na oração e na Eucaristia

"No meio dos nossos afazeres, não demos passo às preocupações de modo que estas nos tirem a paz (...) há que recuperar quotidianamente as forças na Eucaristia a na Oração.
Tudo é meio. Se pomos meio no fim, atuaremos como os vendilhões do tempo."

D. Javier Echevarria. Bispo. Carta Pastoral de Dezembro de 1994

Venit Domine Iesu

"No Advento, há graças especiais que mais facilmente O descubramos.
Não as desaproveitaremos se, com a ajuda do Senhor, vivermos bem com a nossa meditação de cada dia (...) e trabalhar com retidão de intenção, com perfeição humana, com esforço pessoal para que suba ao Céu o canto de glória de uma tarefa profissional bem terminada e oferecida ao Senhor como prova de carinho"
"Digamos mais vez a jaculatória: Venit Domine Iesu".

D. Javier Echevarria.
Bispo. Carta Pastoral de Dezembro de 1994.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A humildade do deserto faz florir muitos frutos

«O deserto será como uma floresta, dizem os profetas, será grande, florirá.
Mas o deserto pode florir?
Sim.
A mulher estéril pode dar vida?
Sim.
 Aquela promessa do Senhor: Eu posso! Eu posso da secura, da vossa secura, fazer crescer a vida, a salvação. Eu posso da aridez fazer crescer os frutos», vincou Francisco.
Na homilia da missa a que presidiu no Vaticano, o papa advertiu para o fracasso de quem pensa converter a sua vida sem pedir ajuda a Deus, como chegou a acontecer na história da Igreja.
«É a intervenção de Deus que nos ajuda no caminho da santidade. Só Ele pode. Mas da nossa parte, que podemos fazer? Primeiro: reconhecer a nossa aridez, a nossa incapacidade de dar vida», apontou.
O segundo momento consiste em pedir ajuda: “Senhor, eu quero ser fecundo. Eu quero que a minha vida dê vida, que a minha fé seja fecunda, e progrida, e possa dá-la aos outros. Senhor, eu sou estéril, eu não posso, Tu podes. Eu sou um deserto: eu não posso, Tu podes”.»
Recordando a narrativa bíblica de Micol, jovem fecunda que se tornou estéril, o papa salientou que «os soberbos, aqueles que crêem que podem fazer tudo por si, são atingidos».
A terminar, Francisco fez a apologia da «humildade do deserto», que com a consciência da sua pobreza recebe «a graça de florir, de dar fruto e de dar vida».
 
Papa Francisco Homilia da Casa de Santa Marta de 19-12-2013
Rádio Vaticano | Com SNPC
© SNPC | 19.12.13

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O Papa dos croissants

Há dias, durante o pequeno-almoço, o Papa não estava na sua mesa habitual, nem em qualquer outro lado. Começou a gerar-se uma grande agitação, com vários homens de fato escuro e agentes de segurança enervados a passar revista a toda a casa. Onde estava o Papa? Por onde se teria metido? Toda a gente foi interrogada, a casa passada a pente fino, mas nada! Depois de uns valentes minutos de angústia, descobriram-no finalmente. Bergoglio caminhava pelo jardim, com passada decidida e um saco de papel na mão. Quando finalmente os homens da segurança lhe falaram do susto devido à sua ausência inesperada, Francisco riu-se e explicou que ia ao mosteiro Mater Ecclesia, onde vive Bento XVI, levar-lhe uns croissants mornos, "acabadinhos de fazer, como ele gosta".

É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos e, se não atendem, deixa afectuosos recados no voicemail do telemóvel.
Dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos.
Preocupa-se sobretudo com o lado humano e concreto das pessoas com quem se cruza, ao ponto de ter pedido à mãe de um bebé acabado de beijar que lhe pusesse um chapéu porque tinha a cabeça muito quente, ou ainda, no caso de um outro pequenino que chorava com fome, devolveu-o à mãe para ela amamentar o bebé, mesmo ali, na Praça de São Pedro!
E como é um Papa "todo-o-terreno", tão preocupado com o quotidiano da vida terrena quanto o é com a vida eterna e salvação de cada um, a misericórdia é talvez a sua palavra preferida, porque remete para a esperança e alegria. 
 
Se pudesse, Francisco gostaria de abraçar todos, "com amor e ternura como fazem as mães" – tal como explicou numa entrevista, arqueando os braços como se segurasse um bebé – porque "é assim que deve ser a Igreja: dar carinho, cuidar e abraçar". E não é este também o melhor retrato de Francisco?
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mas é Ele que se abaixa até nós

«Que somos senão nada?
Que podemos nós por nós próprios? Nada.
Se Deus não age por nós,
não sabemos agir.
Se não nos dá a vida,
não podemos viver.
Ele é tudo, nós, nada.
Mas é Ele que Se abaixa até nós!»

Santa Teresa dos Andes | 1900 - 1920

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Senhor conforta-nos com ternura

Quando procuramos compensações, não esquecer que a maior compensação é o próprio Jesus Cristo que nos dá descanso, alivio e consolo, confortando-nos com ternura.
 
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."

Mateus 11:28-30
 
 
"(...) o Senhor conforta-nos com ternura”.
“Ele, que é poderoso, não tem medo da ternura; se faz pequeno”, prosseguiu. “No Evangelho, o próprio Jesus diz: “A vontade do Pai é que nenhum dos pequenos se perca, recordou o Papa, lembrando que “aos olhos do Senhor, cada um de nós é muito importante”.
“Nos 40 dias entre a Ressurreição e a Ascensão, o principal trabalho de Jesus foi consolar os discípulos, aproximar-se deles e dar-lhes consolo”, recordou ainda, terminando com uma prece:
Que o Senhor nos dê a graça de não termos medo da consolação, mas de sermos abertos a ela, que nos dá esperança e nos faz sentir o carinho de Deus-Pai”.

Papa Francisco, Homilia na Casa de Santa Marta, 10 de Dezembro de 2013

domingo, 8 de dezembro de 2013

Devemos tornar-nos vítimas de expiação e súplica


«Portanto, pela nossa união com Cristo,
com a Sua Igreja,
devemos tornar-nos vítimas de expiação
e de súplica pela conversão dos nossos irmãos.
Está nisso o ponto ideal da nossa caridade:
amar aqueles que, talvez, falam mal de nós,
nos contradizem e perseguem.
O nosso perdão, a eles
oferecido na luz da fé,
da esperança
e da caridade,
atraí-los-á de novo
para os braços de Deus.»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 - 2005
Apelos da Mensagem de Fátima, cap. 3

Vá a Jesus como ao amigo mais íntimo

«Vá a Jesus
como ao amigo mais íntimo
e conte-lhe tudo o que se passa na sua alma.
Ninguém como Ele penetra o seu coração.
Ninguém como Ele saberá curar as feridas da sua alma,
porque vê com luz e poder infinitos
e dá o remédio.
Além do mais, ninguém como Jesus o ama tanto,
uma vez que deu a Sua vida
para dar-lhe o Céu.»

Santa Teresa dos Andes | 1900 - 1920
Carta 132

Maria, Rainha de Portugal


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Oração do pecador desencorajado

Oração do pecador desencorajado, para este tempo do Advento:

- Vinde Senhor Jesus e salvai-me… que a luta é tão difícil.
- Jesus eu confio em Vós.

 (Pode rezar-se com o terço, rezando “Vinde Senhor Jesus e salvai-me… que a luta é tão difícil” nas contas grandes correspondentes ao “Pai nosso” e “Jesus eu confio em Vós” nas contas pequenas correspondentes à “Avé Maria”. Terminar com o Pai nosso, a Avé Maria e o Gloria ao Pai)

Que faça morada nas nossas almas

«A minha alma fica sempre contigo.
Como preparação do Advento e do Natal
concedo-te um encontro especial nas três orações do Angelus;
pediremos ao Verbo encarnado por amor
que estabeleça a sua morada nas nossas almas
e que elas já não possam mais deixá-lo.»

Beata Isabel da Trindade | 1880 - 1906
Carta 213

domingo, 1 de dezembro de 2013

Rezar por aqueles que não gostamos

"Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento estejamos chateados com alguém.
Pelo menos digamos ao Senhor: «Senhor, estou chateado com este, com aquela. Peço-Vos por ele e por ela».
Rezar pela pessoa com quem estamos irritados é um belo passo rumo ao amor, e é um acto de evangelização.
Façamo-lo hoje mesmo.
Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!"

Ponto 101 "Evangelii gaudium" Papa Francisco 26-11-2013

O dom de si no serviço na revolução da ternura

"A verdadeira fé no filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo (...) do serviço, da reconciliação com a carne dos outros.
Na sua encarnação, o filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura".

Ponto 88 Evangelii Gaudium Papa Francisco 26-11-2013.

Etiquetas

Arquivo do blogue