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sábado, 16 de janeiro de 2016

Formam asas como as águias !

Leitura do Livro de Isaías

«A quem Me comparareis que seja semelhante a Mim? – diz o Deus Santo – Erguei os olhos para o alto e olhai. 
Quem criou estas estrelas? 
Aquele que as conta e as faz marchar como um exército e as chama a todas pelos seus nomes. Tal é a sua força e tão grande é o seu poder, que nenhuma falta à chamada. 
Jacob, porque dizes; Israel, porque afirmas: ‘O meu destino está oculto ao Senhor e a minha causa passa despercebida ao meu Deus’? 
Não o sabes, não o ouvistes dizer? 
O Senhor é um Deus eterno, criador da terra até aos seus confins. Ele não Se cansa nem Se fatiga e a sua inteligência é insondável. Dá força ao que anda exausto e vigor ao que anda enfraquecido. 
Os jovens cansam-se e fatigam-se e os adultos tropeçam e vacilam. Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, formam asas como as águias. 
Correm sem se fatigarem, caminham sem se cansarem». 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O mundo necessita de homens abertos ao Espírito Santo

"O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo, disse ainda o Papa, acrescentando que o fechamento ao Espírito não apenas é falta de liberdade, mas também pecado, e elencando os modos como nos podemos fechar ao Espírito:
“Há muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante.
O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo.
 O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio»”.
O dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz, disse o Papa a concluir, invocando para que, fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, nos tornemos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz"
Homilia de domingo de Pentecostes, 25-5-2015, Papa Francisco

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ladainha ao Senhor para alcançar a paciência nas tribulações

Quando julgueis oportuno submeter-me a prova da tribulação, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me ver cercado por todas as partes de apuros e contrariedades, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me falte o que mais necessito, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando tenha que sofrer as inclemências do tempo, o rigor das estações, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando sinta arder em meus membros o fogo da febre, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me veja sumido na enfermidade, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando desejar em vão para meus olhos um sono reparador, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando o mal seque e consuma lentamente minha carne e meus ossos, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando venham a chamar a minha porta as aflições de qualquer classe que sejam, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando interiores desolações tenham obscurecido e nublado meu espírito, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me veja em perigo de ser vencido pela tentação, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me veja precisando reprimir a vivacidade de meu caráter, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando por excessivo abatimento me tenha nos olhos a vida, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me veja feito carga pesada para mim mesmo e para os demais, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando não haja em torno de mim mais que motivos de tristeza, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando me sinta impotente para todo bem, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando a pesar de meus esforços, volte a cair nas mesmas faltas, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando a secura interior pareça extinguir em mim todo fervoroso desejo, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Quando mil pensamentos importunos venham a distrair-me na oração, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que sofra contradições, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que tenha que lutar com gênios difíceis, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me humilhem, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me entristeçam, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me abandonem meus amigos, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que seja vítima da injustiça, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me persiga a calúnia, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me volte o mal pelo bem, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Se permitis que me digam com insultantes palavras, dai-me paciência, crucificado Senhor.
Oração: Oh Deus meu, que haveis disto que se salvem vossos escolhidos por meio dos sofrimentos e da Cruz! Ajudai-me a suportar os meus com o Espírito de paciência e resignação de que nos tem deixado vosso unigênito Filho Jesus Cristo tão grandes exemplos, e fazei que em todas as nossas aflições, seja do alma, seja do corpo, repitamos com fé e submissão as ternas palavras que Vos dirigiu Ele em meio de sua dolorosa agonia. Pai meu, não se faça minha vontade, mas sim a vossa!" Amém.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

As núpcias com Cristo na Cruz

«Muitos são aqueles
que sentem a voz do Senhor
e vão atrás dela,
mas nem todos têm a força
de a seguir até ao fim,
porque Jesus celebra as Suas núpcias com a alma
sobre a Cruz,

e à Cruz não se chega,
senão percorrendo o caminho do Calvário.»


Beata Maria Josefina de Jesus Crucificado | 1894 - 1948
Scritti vari, p.64

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Perseverar e não retroceder

Carta aos Hebreus 10,32-39
S.Paulo

"Irmãos:
Lembrai-vos dos primeiros dias, em que, depois de terdes sido iluminados, suportastes tão grandes e dolorosos combates,ora expostos publicamente aos insultos e tribulações, ora tornando-vos solidários com os que eram assim tratados.
De facto, compartilhastes o sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, sabendo que possuís riqueza melhor
(...)
Vós tendes necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus e alcançar os bens prometidos. (...)
Ora "o meu justo viverá pela fé, mas se retroceder, não agradará à minha alma".
Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição, mas daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma".
 
Comentário Papa Francisco
 
“Los cristianos 'tibios’. Eh, están siempre allí, quietos, son cristianos pero han perdido la memoria del primer amor.
Y, sí, han perdido el entusiasmo.
También, han perdido la paciencia, ese 'tolerar' las cosas de la vida con el espíritu  del amor de Jesús; ese 'tolerar', ese 'llevar a los hombros las dificultades …
Los cristianos tibios, pobrecitos, están en grave peligro”.

Cuando piensa en los cristianos tibios, dos imágenes tan incisivas como desagradables a la apariencia impactan a Francisco.
La evocada por Pedro, del “perro que vuelve a su vómito”,
y la de Jesús, por el que hay personas que al decidir seguir el Evangelio han expulsado al demonio de sí, pero cuando este vuelve con fuerza le abren la puerta sin estar en guardia, y así el demonio “toma posesión de esa casa” inicialmente limpia y bella.
Que es como decir, volver al “vómito” de ese mal al principio rechazado.

“El cristiano tiene estos dos parámetros: la memoria y la esperanza. Reevocar la memoria para no perder la experiencia tan bella del primer amor, que alimenta la esperanza.
Muchas veces es oscura, la esperanza, pero sigue adelante.
Cree, sigue, porque sabe que la esperanza no defrauda, para encontrar a Jesús. 
(...) 
“Dan pena, hacen mal al corazón tantos cristianos – ¡tantos cristianos! – a medio camino, tantos cristianos fracasados en este camino hacia el encuentro con Jesús, partiendo del encuentro con Jesús. Este camino en el que han perdido la memoria del primer amor y no tienen esperanza ".

domingo, 9 de novembro de 2014

Deus virá ao romper do dia

Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.

Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
ajuda permanente nos momentos de angústia.
Por isso, não temos medo, mesmo que a terra trema,
mesmo que as montanhas se afundem no mar.

Um rio, com os seus canais, alegra a cidade de Deus,
a mais santa entre as moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela, não pode vacilar;
Deus irá em seu auxílio, ao romper do dia.

A paciência na provação

«Para conservar a paciência na provação,
considerai Jesus sobre a Cruz.
Todos O injuriavam,
todos mofavam d’Ele e das Suas dores;
Ele suportava tudo em silêncio.


 Tudo passa.
Nos vossos sofrimentos pensai
que glorificais a Deus.


 Nesta terra o Senhor faz tudo por vós;
sofrei tudo por Ele.
Pensai sempre que Nossa Senhora
será a vossa Mãe.


 Pensai também que
depois das penas e das humilhações
estareis no Paraíso.
Oh, qual não será então a vossa glória,
a vossa alegria!...»

Beata Maria de Jesus Crucificado | 1846 - 1878
Elevações espirituais. 37

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Abater o orgulho

«Tornar-se pequeno quer dizer,
negar-se,
humilhar-se,
abater o orgulho.
Nesta pequenez espiritual
o Senhor faz descer a Sua chuva de graças,
no fértil tereno da santa humildade.»

Beata Josefina de Jesus Crucificado | 1894 - 1948
Pensamentos, nº 130

sábado, 21 de setembro de 2013

A santidade como constância


 "Associo frequentemente a santidade à paciência: não só a santidade como hypomoné, o encarregar-se dos acontecimentos e circunstâncias da vida, mas também como constância no seguir em frente dia após dia".


Papa Francisco 20-IX-2013 Entrevistado pelo Padre Antonio Spadaro, SJ | Brotéria

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Entrevista do Papa

A fórmula de aceitação da eleição como Santo Padre, podia ser a fórmula que qualquer cristão poderia dizer ao Senhor, ao levantar-se de manhã.

Aí está presente a Misericórdia e a Paciência de Deus, a nossa condição de pecadores e a necessidade de um espírito permanente de penitência.

: Peccator sum, sed super misericordia et infinita patientia Domini nostri Jesu Christi, confusus et in spiritu penitentiae, accepto». (Sou pecador, mas confiado na misericórdia e paciência infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo, confundido e em espírito de penitência, aceito).

Entrevista ao Papa Francisco 20-IX-2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A virtude da paciência

 Esta capacidade de suportar tem por fundamento o Evangelho e o exemplo de Cristo, e torna-se possível pela fé.
Francisco, com efeito, prossegue o discurso dirigido a frei Leão, afirmando que constitui uma graça do Espírito Santo poder «vencer-se a si próprio e suportar de boa vontade, por amor de Cristo, penas, injúrias, opróbrios e incomodidades», sem se gabar disso, mas pondo a própria glória apenas na Cruz de Cristo: «Na cruz da tribulação e da aflição podemos gloriar-nos, mas, como diz o Apóstolo:Não me quero gloriar a não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6,14)».
A referência a Cristo e à sua Cruz é uma referência ao vértice da história de Deus com a humanidade, que também é a história da paciência de Deus para com o homem, e da sua capacidade de suportar o povo de «cerviz dura» (Dt 9,6.13; 2 Cr 30,8; Ne 9,29, Jr 17,23; Br 2,30; Ez 3,7). É a história da perseverante fidelidade de Deus para com um povo infiel.
Com efeito, a paciência de Deus não é impassibilidade nem passividade, mas a longa respiração da sua paixão, paixão de amor que aceita sofrer esperando os tempos do homem e a sua conversão: «Não é que o Senhor tarde em cumprir a sua promessa, como alguns pensam, mas simplesmente usa de paciência (makrothymeî) para convosco, pois não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam» (2 Pe 3,9). Por isso, o tempo concedido ao homem deve ser considerado como revelação da «longanimidade» de Deus, da suamakrothymía, e, portanto, apreendido como «salvação» (2 Pe 3,15).
(...)
A paciência divina não é ausência de cólera, mas capacidade de elaborá-la, de domá-la, de interpor uma espera entre a sua insipiência e a sua manifestação:
«Muitas vezes conteve a sua ira,
e não deixou que o seu furor de avivasse.
Lembrou-se de que eles eram humanos,
um sopro que passa e não volta mais (Sl 78,38-39).
A paciência é o olhar generoso de Deus fixo no homem, olhar que não se detém nos detalhes, no acidente de percurso, que não considera o pecado definitivo, mas que o coloca no contexto de todo o caminho existencial que o homem é chamado a percorrer. Portanto, ela expõe Deus ao risco de não ser tomado a sério, de ser «usado» pelo homem. Paulo dirige ao judeu esta pergunta retórica: «Não estarás tu a desprezar... a paciência de Deus?» (cf. Rm 2,4).
Em Cristo e, de modo particular, na sua paixão e morte, a paciência de Deus alcança o seu ápice enquanto assunção radical da incapacidade e debilidade do homem, do seu pecado. Em Cristo, Deus aceita «carregar o fardo», «suportar» a insuficiência e incapacidade humanas, assumindo a responsabilidade pelo homem na sua falibilidade. A «paciência de Cristo (2 Ts 3,5) exprime assim o amor de Deus, do qual é sacramento. «O amor paciente (makrothymeí)» (1 Cor 13,4); «o amor tudo suporta (hypoméneí)» (1 Cor 13,7).
Além disso, para o cristão, a paciência é fruto do Espírito (cf. Gl 5,22) e declina-se como perseverança e constância nas tribulações e nas provas, como capacidade de suportar e de tolerar quem causa aborrecimentos e suscita conflitos, como olhar longânime frente às incapacidades alheias. A paciência é a arte de viver a insuficiência. E a insuficiência, encontramo-la nos outros, mas também em nós, na realidade e em Deus. O suportar paciente do outro, que é sentido como aborrecido ou hostil, caminha a par e passo com a paciência para consigo mesmo e para com as suas incongruências, frente aos acontecimentos que se opõem aos nossos desejos e à nossa vontade, frente a Deus, cujo desígnio de salvação continua incompleto.
(....)
Não é por acaso que o Novo Testamento exorta com frequência a ter paciência e a suportar os outros no contexto de difíceis relações comunitárias: «Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se alguém tiver razão de queixa contra outro» (Cl 3,13). O suportar-se mutuamente é manifestação de caridade destinada a conservar a unidade e a paz na comunidade: «Procedei... com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor» (Ef 4,1-2). Na comunidade cristã, [os irmãos] experimentam que são um peso uns para os outros, mas tal experiência pode tornar-se ocasião de caridade e de seguimento de Cristo: «Carregai as cargas uns dos outros e assim cumprireis plenamente a lei de Cristo» (Gl 6,2).
Na tradição cristã, a paciência é considerada uma virtude, ou até «a maior virtude (summa virtus)». Para Cipriano, ela é essencial para a vida teologal: «O facto de sermos cristãos pertence à fé e à esperança. Contudo, é necessária a paciência para que a esperança e a fé possam chegar a dar fruto». Gregório Magno associa a perfeição cristã à paciência:
(...).
A paciência é uma arte que não tem nada a ver com o suportar passivamente o sofrimento. Pelo contrário, quem não tem paciência sofre com muito maior frequência. A atitude paciente - mas livre e amorosa - de suportar quem é incómodo, antipático, aborrecido, lento, carenciado, equipara-se ao amor ao inimigo (cf. Mt 5,38-48; Lc 6,27-35). E requer que trabalhemos sobre nós mesmos para aprendermos a conhecer e a amar o inimigo que existe em nós, aquilo que em nós é incómodo, aquilo que nos é insuportável e que Deus, em Cristo, suportou pacientemente, amando-nos de modo incondicional.
 
Luciano Manicardi
In A caridade dá que fazer, ed. Paulinas

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