sexta-feira, 31 de julho de 2015

A luta diária segundo Santo Inácio de Loyola

O caminho Inaciano é um caminho cristão que, afirmou o Papa jesuíta, leva a descentrar-se, a sair de si mesmos, do amor a si próprio, para colocar Jesus ao centro de tudo. Trata-se de um caminho não fácil, porque todos nós somos pecadores: “Há dias de obscuridade, jornadas de falências, mas, o que importa, na arte de caminhar, não é não cair, mas não permanecer no chão”.
Logo, não devemos demorar em nos levantar, imediatamente, da queda e sim prosseguir, com força e confiança no Senhor, porque, com Jesus, tudo é possível.
O Bispo de Roma recorda que este “caminho criativo” do cristão é também um “caminho inquieto”, como diz Santo Inácio, porque visa o “horizonte, que é a glória de Deus”. Quem percorre este caminho deve estar em contínua busca de Deus, com “um coração que não se acomoda e nunca está satisfeito”. Esta é uma inquietude “bela e santa”.
(...) devemos “caminhar com Jesus, com um coração atento aos seus ensinamentos. Trata-se de um “caminho de profunda conversão”, trilhado por pecadores, por pessoas  fracas, que, porém, desejam “deixar-se conquistar por Cristo”!
 
Papa Francisco, 31-07-2015, dia de Stº Inácio de Loyola.

Como santificar o trabalho ?

A propósito da forma como o Beato D. Álvaro del Portillo vivia o trabalho e os afazeres quotidianos, "ao seu lado avançava-se com ritmo e com enorme tranquilidade, sem perder o alento em estradas agitadas: uma coisa atrás da outra, com ordem, com muita ordem, com retidão de intenção: com a força de quem não atua por interesse próprio mas para Glória de Deus.
(...)
Não o angustiava o excesso de tarefas pois havia aprendido do fundador do Opus Deis que «ter muito trabalho é só ter muita matéria que santificar».
Explicava o Beato Álvaro del Portillo a uma perguntava que lhe faziam em Estocolmo, a propósito do problema da falta de tempo: «Para que o tempo se multiplique, segundo o conselho prático do Nosso Padre, temos de ter mais presença de Deus. Então, trabalharemos com mais paz e com mais intensidade, com mais desejo de fazer as coisas bem.
O resultado é que o tempo se multiplica, porque fazemos as coisas melhor, com mais ilusão, com mais interesse em acertar.
Por isso, divagamos menos e percamos menos tempo».
(...)
«Não está um para fazer o que quer, mas sim o que deve»

In "Recordações de Álvaro del Portillo". Salvador Bernal. Editora Rialp. Páginas 215

Os frutos da fidelidade

No início de Agosto de 1977, dizia o Beato Álvaro del Portillo, "Isto irá aumentando, se somos fiéis"

Zelo pelas almas alicerçado na oração e na penitência

"Um zelo pelas almas que não esteja precedido, acompanhado e seguido pela oração e pela penitência será só um empenho humano e nós não vemos ao Opus Dei por motivos terrenos, mas para realizar uma tarefa divina; nada mais nada menos que a Obra de Deus."


Beato Álvaro del Portillo. Setembro de 1975.

Que frio está o mundo, temos de o aquecer com o fogo dos nossos corações

A propósito da cena dos Reis Magos, dizia o Beato Álvaro del Portillo, Bispo "Que frio está o mundo, temos de o aquecer com o fogo dos nossos corações enamorados"

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O mundo necessita de homens abertos ao Espírito Santo

"O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo, disse ainda o Papa, acrescentando que o fechamento ao Espírito não apenas é falta de liberdade, mas também pecado, e elencando os modos como nos podemos fechar ao Espírito:
“Há muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante.
O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo.
 O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio»”.
O dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz, disse o Papa a concluir, invocando para que, fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, nos tornemos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz"
Homilia de domingo de Pentecostes, 25-5-2015, Papa Francisco

Dar-se significar dar lugar à força criadora do Espírito de Deus

"Em qualquer doação, é a própria pessoa que se oferece.
‘Dar-se’ significa deixar atuar em si mesmo toda a força do amor que é o Espírito de Deus e, assim, dar lugar à sua força criadora.
Dando-se, o homem volta a encontrar-se a si mesmo com a sua verdadeira identidade de filho de Deus, semelhante ao Pai e, como Ele, doador de vida, irmão de Jesus, de Quem dá testemunho.
Isto é evangelizar, esta é a nossa revolução – porque a nossa fé é sempre revolucionária – este é o nosso grito mais profundo e constante”.

Homilia Papa Francisco, Quito, Equador 7-7-2015

Deus cerca-te de carinho e compaixão

Salmo 102,1-7 :


— O Senhor é indulgente, é favorável.
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.

Mística que nos anima

"(...) não é possível empenhar-se em coisas grandes apenas com doutrinas, sem uma mística que nos anima, sem «uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à acção pessoal e comunitária».
Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia".
 
Laudato Si. Papa Francisco. Ponto 216

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