sábado, 29 de março de 2008

Acção e não palavras

Um dia, andava eu ou já na faculdade ou no fim do meu secundário, já não me lembro bem, fui ter com o padre coadjutor da minha paróquia e actualmente coordenador do curso de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Pe. Nuno Brás.

O meu objectivo era fazer um elenco das coisas que achava que estavam mal na minha paróquia, sobretudo ao nível da catequese, dos grupos de jovens e da forma com a missas eram celebradas e organizadas.

Estive aí quase uns 10 minutos e falar com base nuns tópicos que levei preparados enquanto ele me ouvia pacientemente com um ligeiro sorriso nos lábios e os olhos meio fechados.

No fim, esperei para ver o que ele me respondia.

Após uma ligeira pausa, arrumou-me em 3 tempos, com esta simples frase:

"Miguel, que a força não te saia pela língua"

E lá saí eu com o rabinho entre as pernas....

Alegria

Sejamos claros e directos:
A razão de ser da esmagadora maioria dos casos de tristeza têm na sua origem a falta de Deus.

A tristeza que nos traz um amor humano fracassado, uma expectativa não realizada, um prazer não obtido, a constatação de que os dias são sempre iguais uns atrás dos outros, de que nada se espera de nada a não ser um dia a doença e a morte.

Pelo contrário, estar e relacionar-se com Deus, por intermédio da oração e da acção, é como encaixar uma peça enorme de um puzzle que está por acabar por lhe faltar uma parte cheia de vazio.

Ser Alegre, é ter e estar com Deus.
Ser Alegre, é levar a cruz de cada dia com amor.
Ser Alegre, é saber-se Filho de Deus

O que é a santidade ?

A santidade mais do que em fazer muitas coisas ou coisas cada vez mais difíceis está em fazer as mesmas coisas com mais Amor.

Uma vez num funeral de um familiar, lembro-me de uma frase muito bonita que o Padre celebrante disse:

O que importa nestas flores não são o nº ou a beleza, mas sim o amor que está por detrás das pessoas que as ofereceram, essas flores são apenas um sinal do "querer bem" e do carinho de alguém por outra.

Ordem

Guarda a Ordem que a Ordem te guardará a ti

Pormenores de caridade

No livro entrevista sobre o Fundador do Opus Dei, D. Álvaro Del Portillo, conta alguns dos tópicos na luta pela caridade de S. JoséMaria Escrivá de Balaguer:

- Não fazer perguntas por curiosidade.
- Não queixar-se nunca de nada com ninguém, a não ser para obter conselho na direcção espiritual.
- Ser amável e falador em casa.

Saber desculpar

Diz S. Bernardo no seu sermão 40 sobre o Livro do Cântigo dos Cantigos:

"Ainda que vejais algo de errado, não julgueis imediatamente o vosso próximo, mas desculpai-o no vosso interior.
Desculpai a intenção, se não puderdes desculpar a acção. Pensai que eterá sido levado a ela por ignorância, por surpresa ou por fragilidade.
Se a coisa for tão clara que não vos seja possível dissimulá-la, ainda ssim procurai crer desse modo e dizei-o no vosso interior: a tentação deve ter sido muito forte."

Pormenores de caridade

Um dos muitos pormenores de caridade que, infelizmente, com muita frequência não cuidamos traduz-se em saber não interromper os outros enquanto falam, saber escutar, ouvir, preocupar-se com os outros como se fosse connosco próprios.

No caso das pessoas que mais convivem connosco, temos a obrigação de saber já de antemão quais as coisas que poderão ocasionar faltas de caridade recíprocas e daí pode-se evitar cair na situação X ou falar de Z ou Y.

Como dizem os espanhóis "hay que tener carino a la gente"

segunda-feira, 24 de março de 2008

Desânimo, metanóia e voltar a lutar

Por vezes acontece que 1 ou vários acontecimentos vão-nos fazendo perder o ânimo e a vontade de lutar.
É a hora da solidão e da desesperança; do cansaço na luta; do querer desistir e até do querer morrer já por se ter uma sensação de inutilidade.
O voltar, de novo, a pegar na enxada e lutar, muitas vezes, resulta não das nossas forças próprias, mas da tomada de consciência da nossa responsabilidade perante os nossos filhos, a nossa mulher, o nosso trabalho, os nossos amigos e a nossa Mâe, a Santa Madre Igreja que tanta falta tem de soldados.

Não desistir, nem aliviar a cruz

Falta partir as nozes

Parece que nos esquecemos de que “Deus dá as nozes, mas não as parte”. Falta-nos o músculo que se adquire com esforço e sacrifício

Rui Marques, gestor

Pecado: dano ou mero preconceito ?

Para muitos os pecados são um mero preconceito patético, um não usufruir de algo que nos dá prazer e até alguma felicidade, uma renúncia ao que a vida de bom nos pode dar.

A questão é que o pecado, em particular o chamado pecado mortal, isto é em matéria grave, não só é uma ofensa a Deus e à sua Santíssima Mãe, mas também uma auto-ofensa, uma auto-mutilação.

É que o pecado mortal, embora possa dar alguma sensação temporária de prazer, acaba por trazer consequências muito negativas do ponto de vista meramente humano, ao nível pessoal, da personalidade, familiar e profissional.

Veja-se a título de exemplo o que sucedeu recentemente com o Governador de Nova York que, em troca de uns minutos de prazer, hipotecou gravemente a sua vida familiar, profissional, política e a sua imagem pessoal.

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