Essa carta, a propósito, desse acontecimento singular, faz algumas considerações que não podem deixar de ser interpretadas como um apelo, um apelo de Pedro que nos interpela a todos os baptizados.
Trata-se um pedido de ajuda, de um alerta que nos diz: basta das nossas coisinhas, do nosso mundinho, dos nossos esquemas onde os nossos pecados, egoísmos, defeitos, falhas têm sempre um lugar garantido.
Basta, já chega da mediocridade e da tibieza da nossa vida espiritual. Há que dar e fazer mais e melhor. Há que morrer na cruz, para a carne, para ressuscitar no espírito.
Hoje, o Demónio e os amigos do mal têm o mundo bem dominado, bem controlado, não só ao nível dos governos, das assembleias, mas, sobretudo, ao nível do interior, do intímo de cada um, ao nível dos vicios que foram se instalando de forma sorrateira e subtil e que nos aprisionam, impedindo-nos de voar e responder ao apelo de Cristo : Sede Santos e fazei dos outros Santos !
Diz o Papa, nessa carta:
"O verdadeiro problema neste momento da nossa história é que Deus possa desaparecer do horizonte dos homens e que, com o apagar-se da luz vinda de Deus, a humanidade seja surpreendida pela falta de orientação, cujos efeitos destrutivos se manifestam cada vez mais."
"Este agradecimento vale também para todos os fiéis que, neste tempo, testemunharam a sua inalterável fidelidade para com o Sucessor de São Pedro. O Senhor nos proteja a todos nós e nos conduza pelo caminho da paz."
A melhor forma de estarmos unidos ao Santo Padre, de proclamarmos que só Deus é a solução para a mesquinhez das nossas vidas é ser-lhe fiel, cumprindo o dever de cada momento, privilegiando a oração e os meios espirituais como armas poderosas e invencíveis contra nós próprios e contra os inimigos do Céu.
Seria bom que a meditação desta carta contribuisse de forma radical e irreversível para uma mudança na minha e na nossa vida de cristãos que se pretendem activos e não adormecidos.
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