O mundo tem uma parte visível que tem a ver com a nossa vida exterior e outra interior, os nossos pensamentos, a nossa relação interior com o outro mas também com o que não vemos. Este blog pretende ser um armazém de pensamentos e considerações de natureza católica sobre aquilo que não se vê, mas pode-se ver, se quisermos
sábado, 29 de janeiro de 2011
Não os defraudeis
A luta dos pais repercute-se na futura santidade (ou não) dos filhos: não os defraudeis !
Cada dia morrer um pouco
Oxalá saibas cumprir esse propósito que tiraste: "Cada dia morrer um pouco para mim mesmo".
Fortja, ponta 289 S. José Maria Escrivá de Balaguer
Fortja, ponta 289 S. José Maria Escrivá de Balaguer
O fácil e o árduo
Escrevia alguém a um amigo "Não te esqueças que o fácil o faz qualquer um. Tu está chamado a fazer o árduo"
O comboio errado
Na nossa vida e nas nossas lutas interiores pode eventualmente acontecer-nos como neste episódio contado há uns anos atrás pelo Rev. Padre Nuno Brás:
" Numa viagem à noite de comboio, a dada altura um homem levantou-se repentinamente e foi até à porta, voltando depois para trás e fez isso, em todas as estações. Por fim, um outro passageiro perguntou-lhe o que se passava ao que o outro respondeu que se tinha dado conta que tinha entrado no comboio errado mas que estava tanto frio que não tinha coragem de sair de vez.."
" Numa viagem à noite de comboio, a dada altura um homem levantou-se repentinamente e foi até à porta, voltando depois para trás e fez isso, em todas as estações. Por fim, um outro passageiro perguntou-lhe o que se passava ao que o outro respondeu que se tinha dado conta que tinha entrado no comboio errado mas que estava tanto frio que não tinha coragem de sair de vez.."
Combater o que está em mim
"Há uns anos atrás, à porta da Universidade Nova de Lisboa, alguém tinha pintado o seguinte: «Combate o cabrão que há em ti»"
E como dizia Sta Teresa de Ávila: a humildade é a verdade.
E como dizia Sta Teresa de Ávila: a humildade é a verdade.
Importância das vitórias para a comunhão dos santos
Da vitória nas nossas lutas interiores, de cada dia, dependem muitas coisas importantes, pessoas e intenções que há que encomendar e associar a cada uma dessas mesmas lutas convertidas em vitórias
"Sente a responsabilidade da tua missão: contempla-te o Céu inteiro!"
Ponto 50, Forja. S. José Maria Escrivá de Balaguer
"Sente a responsabilidade da tua missão: contempla-te o Céu inteiro!"
Ponto 50, Forja. S. José Maria Escrivá de Balaguer
Correcção de vida
"Se não corrijes a tua vida já, agora, ela passará a ser uma triste burla blasfema"
S. José Maria Escrivá de Balaguer
S. José Maria Escrivá de Balaguer
domingo, 9 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
My hour with God
A partir do 4º minuto desta entrevista, este ex-sem-abrigo dizia que todos os dias tinha aquilo a que chamou o seu "My hour with God"- O seu momento com Deus, a quem falava, pedia, agradecia, mas também resmungava sobre coisas da sua vida, quando as coisas corriam bem e quando corriam mal.
Numa outra entrevista, Ted diz que a oração diária levou-o àquilo a que ele chamou "knowledge of God", isto é, à consciência de Deus, da presença de Deus e que isso o tem ajudado em tudo o que vai fazendo.
Uma grande lição sobre a importância e "indispensabilidade" dos tempos de oração mental diários com Deus.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Deus é amor e quer o nosso amor
I)
‘se não tivesse a caridade, eu nada seria’ [tenho grandes dons, mas, se não tenho a caridade, não sou nada]. / Magna illa sunt, et magna habeo, / Essas coisas são grandes coisas, e eu tenho grandes coisas, / et nihil sum si caritatem non habeo, / mas nada sou se não tenho a caridade, / per quam mihi prosunt quae magna sunt. / porque é pela caridade que essas grandes coisas me podem servir [essas coisas são grandes, mas, sem a caridade, não me servem. É graças à caridade que o batismo me serve; é graças à caridade que a fé me serve; é graças à caridade que a profecia me serve]. / Si enim non habeo caritatem, illa inesse possunt, prodesse non possunt / Se não tenho a caridade, posso até ter todas essas coisas em mim, mas de nada me podem servir”23. Não podem servir para a salvação. Não tenho esses dons salubriter como fonte de salvação. Não podem servir para a felicidade presente e eterna.
Continua Agostinho: “ut cui gravia sunt, / a fim de que aquele para quem [os mandamentos] são cansativos / consideret non potuisse divinitus dici: ‘Gravia non sunt’, / considere que [se fossem realmente cansativos] seria impossível que o Senhor [por intermédio do apóstolo João] dissesse: ‘[Os meus mandamentos] não são cansativos’, / nisi quia potest esse / a não ser porque pode haver / cordis affectus / uma atração do coração / cui gravia non sunt, / graças à qual não são pesados [podem parecer cansativos, mas pode haver um cordis affectus graças ao qual não o são], / et petat quo destituitur, ut impleat quod iubetur / e que pede o que lhe falta [pede esse afeto do coração que torna tudo fácil, pede essa atração que torna tudo fácil] para poder realizar aquilo que lhe é ordenado”.
Giacomo Tantardini in Congresso sobre a Atualidade de Santo Agostinho, realizados na Universidade de Pádua (livro Il tempo della Chiesa secondo Agostino. Seguire e rimanere in attesa. La felicità in speranza. Editora Città Nuova)
Continua Agostinho: “ut cui gravia sunt, / a fim de que aquele para quem [os mandamentos] são cansativos / consideret non potuisse divinitus dici: ‘Gravia non sunt’, / considere que [se fossem realmente cansativos] seria impossível que o Senhor [por intermédio do apóstolo João] dissesse: ‘[Os meus mandamentos] não são cansativos’, / nisi quia potest esse / a não ser porque pode haver / cordis affectus / uma atração do coração / cui gravia non sunt, / graças à qual não são pesados [podem parecer cansativos, mas pode haver um cordis affectus graças ao qual não o são], / et petat quo destituitur, ut impleat quod iubetur / e que pede o que lhe falta [pede esse afeto do coração que torna tudo fácil, pede essa atração que torna tudo fácil] para poder realizar aquilo que lhe é ordenado”.
Giacomo Tantardini in Congresso sobre a Atualidade de Santo Agostinho, realizados na Universidade de Pádua (livro Il tempo della Chiesa secondo Agostino. Seguire e rimanere in attesa. La felicità in speranza. Editora Città Nuova)
II)
Mas o Senhor sabe que o dar é próprio dos apaixonados e Ele próprio nos diz o que deseja de nós. Não lhe interessam riquezas, nem frutos, nem animais da terra, do mar ou do ar, porque tudo isso lhe pertence. Quer algo de íntimo, que havemos de lhe entregar com liberdade: dá-me, meu filho, o teu coração.
(...) Repito: não pretende o que é nosso; quer-nos a nós mesmos. Daí – e só daí – advêm todas as outras ofertas que podemos fazer ao Senhor.
S.José Maria Escrivá de Balaguer
In Cristo que passa, 35
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Beijar Deus
Este natal recebi um postal de boas festas que terminava assim:
"Com todo o encanto de quem não desiste de beijar Deus"
"Com todo o encanto de quem não desiste de beijar Deus"
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O que fazemos do tempo ?
Só com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos. Repetimos, mas não inventamos. Consumimos, mas não saboreamos. É verdade que mesmo num rápido relance se pode alcançar muita coisa, mas normalmente escapa-nos o detalhe. E Deus habita o detalhe.
Gosto muito do «Poema do Tempo» que vem no livro bíblico do Eclesiastes, pois nos expõe à consciência de que o tempo é uma arte que realmente possuímos e que somos chamados a desenvolver com sabedoria. Não é verdade que não temos tempo. A nossa vida está cheia de tempos. Precisamos identificá-los e tratar deles, como quem cuida de um tesouro. Não é a quantidade de tempo o mais determinante. Importante é perguntar-se o que fazemos do tempo e investir aí a matéria dos nossos sonhos.
Tolentino Mendonça
Gosto muito do «Poema do Tempo» que vem no livro bíblico do Eclesiastes, pois nos expõe à consciência de que o tempo é uma arte que realmente possuímos e que somos chamados a desenvolver com sabedoria. Não é verdade que não temos tempo. A nossa vida está cheia de tempos. Precisamos identificá-los e tratar deles, como quem cuida de um tesouro. Não é a quantidade de tempo o mais determinante. Importante é perguntar-se o que fazemos do tempo e investir aí a matéria dos nossos sonhos.
Tolentino Mendonça
domingo, 2 de janeiro de 2011
A agonia da vitória sobre a tentação
"A agonizante peregrinação de Frodo até às Fendas da Condenação acaba por ser um adequado retrato da profundidade do nosso próprio sacrifício. Pois quando Deus nos pede para transcendermos o nosso actual estado, está a pedir-nos para nos vergarmos e para gastarmos as nossas energias de modo tão implcacável como Frodo entrega todos o seu ser à demanda"
Sean McGrath
"The Passion according to Tolkien"
Sean McGrath
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