O Baptista pregava "um baptismo de conversão para o perdão dos
pecados", disse o Papa, mas talvez nos perguntemos "porque nos devemos
converter, se a conversão é para aquele que de ateu se torna crente, de
pecador se faz justo, enquanto que nós já somos cristãos e, portanto,
estamos bem".
Mas é mesmo desta presunção que nos
devemos converter – sublinhou Francisco - da suposição de que, afinal,
está bem assim e não precisamos de qualquer conversão, pois nem sempre
temos na vida os mesmos sentimentos de Jesus:
“Por exemplo, quando recebemos alguma
ofensa ou alguma afronta, conseguimos reagir sem animosidade e perdoar
do fundo do coração quem nos pede perdão?
Quando somos chamados a
partilhar alegrias e tristezas, sabemos sinceramente chorar com quem
chora e alegrar-nos com quem se alegra?
Quando devemos exprimir a nossa
fé, sabemos fazê-lo com coragem e simplicidade, sem envergonhar-nos do
Evangelho”?
(....)
E se o Senhor nos mudou a vida,
também nós devemos sentir a paixão de torná-lo conhecido a todos os que
encontramos no trabalho, na escola, no prédio, no hospital, nos lugares
de encontro.
À nossa volta, disse o Papa, vemos pessoas que estariam
disponíveis a iniciar ou reiniciar um caminho de fé, se encontrassem
cristãos apaixonados por Jesus."
Papa Francisco
Angelus, 6-XII-2015
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