Neste mês de Junho, a Igreja convida-nos a meditar no Sagrado Coração de Jesus.
E a melhor forma de o fazermos é procurar no Evangelho cenas onde se possa ver como é que o Coração de Jesus agia. Aí veremos que era um coração de carne, igual ao nosso, com a diferença de estar cheio de bondade; também com receios, próprios dos humanos, mas cheio de fé.
Por exemplo, após saber do martírio de S. João Baptista, Jesus mostra-se perturbado. Esse martírio, antecede aquele que será o seu próprio martírio, o martírio de todos os que, querendo seguir a Jesus, deverão também deixar-se levar pelo martírio, no nosso caso, da luta nas pequenas coisas, da caridade e do cumprimento do horário.
Diz S.Mateus 14, 13: "Tendo Jesus ouvido isto, retirou-se dali numa barca para um lugar solitário e afastado"
Quando acontece, no mundo, um acontecimento perturbador, Jesus não continua a sua actividade externa. Não. O Seu Coração fá-lO parar e fá-lO afastar-Se para um lugar isolado certamente para rezar.
Este contraste do seu Coração com o nosso coração que anseia por actividades e compensações externas. Jesus pára e reza.
Depois logo a seguir, nova manifestação do seu Coração:
"Ao sair da barca, viu Jesus uma grande multidão e teve compaixão e curou os seus enfermos" S.Mateus 14,14.
Há casos em que Jesus faz milagres porque vê a fé daqueles que precisam desses milagres. Mas neste último caso, ninguém se Lhe dirigiu especificamente, simplesmente trouxeram esses doentes e Jesus teve compaixão deles.
Nos momentos em que sentimos a nossa fé mais fragilizada e menos operativa ou proactiva, então deixemos que Jesus simplesmente tenha compaixão de nós e nos cure das nossas fraquezas.
E assim, nasce a jaculatória: "Jesus, Filho de David, tende compaixão de mim"
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