Há uma frase vigorosa na Bíblia que diz: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?». É uma expressão veemente porque Deus está sempre connosco e por nós. Só há um problema: é que demasiadas vezes somos nós que não estamos com Deus, pelo menos não plenamente.
Há algo em nós que nos faz fugir das escolhas definitivas. Perante uma lista de opções que se excluem mutuamente, a nossa escolha preferida é frequentemente «todas as anteriores», o que, como é óbvio, não funciona.
Não podemos ir de avião para o Japão e de barco para o Brasil ao mesmo tempo. Não podemos dar o nosso coração a uma pessoa no casamento e continuar ativamente a explorar as alternativas. Temos de escolher. Em todas as dimensões da vida temos de decidir quais serão os nossos compromissos. E isso começa com o maior de todos: a quem darei, total e definitivamente, o meu coração? Tudo o resto decorre dessa escolha. Mas o que sucederá às outras opções de vida se esse compromisso primordial for ambivalente ou hesitante?
O evangelista Lucas dá a resposta: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa» (11, 17).
As nossas preferências dependem sempre da grande preferência: a quem darei o meu coração? A Deus ou a algumas das suas muitas pequenas criaturas? Se estiver tentada a ignorar esta pergunta ou a responder-lhe com evasivas, tenha bem presente a advertência de Jesus: «Quem não está comigo está contra mim» (Lucas 11, 23). Estas palavras cortam o nevoeiro e clarificam as opções. Está na hora de ir com Ele, inteiramente e sem vacilar.
P. Dennis Clark
In Catholic Exchange
Trad. e adapt.: rm
© SNPC (trad.) | Atualizado em 09.10.12
S. João repousando no peito de Jesus
Autor desconhecido (c. 1320)
Autor desconhecido (c. 1320)
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