“(...) o Reino de Deus é silencioso, cresce dentro”. Em seguida, Francisco citou as palavras de Jesus: “também para o Reino chegará o momento de manifestar a força, mas será somente no final dos tempos”.
“O dia em que fará barulho, o fará como um relâmpago que atravessa os céus. Assim fará o Filho do homem no seu dia, no dia em que fará barulho. E quando se pensa na perseverança de tantos cristãos – homens e mulheres – que levam adiante a família, que cuidam dos filhos, que cuidam dos avós, que chegam ao fim do mês com meio euro no bolso mas rezam, ali está o Reino de Deus; escondido na santidade da vida cotidiana, na santidade de todos os dias, porque o Reino de Deus não está longe de nós, está perto! Esta é uma das suas características: proximidade, todos os dias”.
Também quando descreve o seu retorno numa manifestação de glória e de poder, Jesus – insistiu o Papa – acrescentou que “antes é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração”. Isto quer dizer, notou o Papa, que “o sofrimento, a cruz, a cruz cotidiana da vida – a cruz do trabalho, da família, de fazer bem as coisas – esta pequena cruz cotidiana é parte do Reino de Deus”. E encerrou: peçamos ao Senhor a graça de “zelar pelo Reino de Deus que está dentro de nós com a oração, a adoração e o serviço da caridade, silenciosamente”.
“O Reino de Deus é humilde, como a semente: humilde; mas cresce, eh? Pela força do Espírito Santo. A nós cabe deixá-lo crescer em nós, sem nos vangloriar; deixar que o Espírito venha, nos transforme a alma e nos leve avante no silêncio, na paz, na serenidade, na proximidade a Deus, aos outros, na adoração a Deus, sem espetáculos”.
Papa Francisco
Homilia da Casa de Sta Marta 13 de Novembro de 2014
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