domingo, 4 de outubro de 2015

Morder a lingua antes de falar mal dos outros

“A nossa tarefa – destacou Francisco – em meio às “notícias de guerras, de ódio, inclusive nas famílias – é ser “homens e mulheres de paz, homens e mulheres de reconciliação”:
“E nos fará bem nos perguntar: ‘
Eu semeio paz? 
Por exemplo, com a minha língua, semeio paz ou semeio intriga?’. 
Quantas vezes ouvimos dizer de uma pessoa: ‘Mas tem uma língua de serpente!’, porque sempre faz o que o serpente fez com Adão e Eva, destruiu a paz. 
E isto é um mal, esta é uma doença na nossa Igreja: semear a divisão, semear o ódio, não semear a paz. 
Mas esta é uma pergunta que nos fará bem fazê-la todos os dias: ‘Hoje eu semeei paz ou semeei intriga?’. ‘Mas, às vezes, é preciso dizer as coisas porque aquele ou aquela…’: o que se semeia com esta atitude?”.
Os cristãos, portanto, são chamados a serem como Jesus, que “veio até nós para pacificar, para reconciliar”:
“Se uma pessoa, durante a sua vida, não faz outra coisa que reconciliar e pacificar ela pode ser canonizada: aquela pessoa é santa. Mas devemos crescer nisto, devemos nos converter: jamais uma palavra que seja para dividir, jamais, jamais uma palavra que provoque guerra, pequenas guerras, jamais mexericos.  Eu penso: o que são as fofocas? Eh, nada, dizer uma palavrinha contra outra pessoa ou contar uma história: ‘Aquela pessoa fez…’. Não! Fofocar é terrorismo, porque quem fofoca é como um terrorista que joga a bomba e vai embora, destrói: destrói com a língua, não promove a paz. Mas é esperto, eh? Não é um terrorista suicida, não, não, ele se protege bem”.
O Papa Francisco, então, repetiu uma pequena exortação:
“Todas as vezes que me vier à boca a vontade de semear discórdia e divisão e falar mal do outro... Morder a língua! Eu garanto, eh? Se fizerem este exercício de morder a língua ao invés de semear discórdia, no início a língua vai inchar, ficar ferida, porque o diabo nos ajuda nisso, pois é o seu trabalho: dividir”.
E então, o Pontífice fez uma oração final: 
“Senhor, tu que deste a tua vida, dá-me a graça de pacificar, de reconciliar. 
Tu derramastes o teu sangue, mas que eu não me importe de a minha língua inchar um pouco se mordê-la antes de falar mal dos outros”.
Papa Francisco
Homilia na Casa de Sta Marta, 4 de Setembro de 2015

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