Num caminho de fé “as tentações voltam sempre, o espírito ruim não se cansa nunca”. Quando é expulso “tem paciência, espera para voltar” e quando entra, cai em uma situação pior.
De fato, antes, sabia-se que era “um demônio que atormentava”.
Depois, “o Maligno se esconde, vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida cotidiana e pouco a pouco, dá as instruções”. Com “esta modalidade educada” o diabo convence a “fazer as coisas com relativismo”, tranquilizando a consciência:
“Tranquilizar a consciência, anestesiar a consciência, é um grande mal. Quando o espírito ruim consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isto acontece em todo lugar! Sim, mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos...’ E em todos, inclui-se o ‘ninguém’. Ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade, que é filha do espírito ruim”.
O Papa reitera as duas palavras: vigilância e discernimento:
“Vigilância: a Igreja nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência:
o que aconteceu hoje no meu coração?
Veio a mim o demônio bem educado com seus amigos?
Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os ensinamentos... quem diz isto?
Discernir e vigilar, para não deixar entrar aquilo que engana, que seduz e fascina.
Peçamos ao Senhor a graça do discernimento e a graça da vigilância”.
Homilia do Papa Francisco na Casa de Santa Marta, 9 de Outubro de 2015
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