domingo, 26 de junho de 2016

Vós sois o meu refúgio

Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: "Tu és o meu Deus."
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,

nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena na vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Presença de Deus na língua

“Tenho de ser de Deus no olhar, nas palavras, no gestual, nos sentimentos, nas obras, nos passos. Deus quer-nos na hora da Missa, mas também depois da Missa. 
Deus quer-nos quando estamos sentados nos bancos da igreja, mas também quando estamos a tomar duche. 
Deus quer-nos e quer a nossa língua para nela pousar a Santíssima Eucaristia e para vê-la rezar o Pai Nosso, mas também quer a nossa língua quando estamos ao telemóvel e as nossas palavras e mensagens quando estamos nas redes sociais”, prosseguiu, alertando que “não dá para ser pela metade de Deus”.

 Santo António ensinou a falar na ausência de uma pessoa somente aquilo que eu teria coragem de falar na presença dela”, acrescentou o sacerdote, lembrando que a língua daquele santo que viveu nos séculos XII e XIII permanece “intacta” ainda hoje. “O que sobrará da nossa língua?”, perguntou, lembrando que as “palavras podem «curar» ou «adoecer» alguém, abrir «portas» ou fechar «portas», levantar «muralhas» ou estender «pontes»”. “Santa Faustina disse «quem não sabe se silenciar, no céu não haverá de morar»”, acrescentou, lembrando que a palavra deve ser “fruto” da oração.

 "Se você tem um encontro pessoal com Jesus, se rende a sua vida a Jesus, passa a viver em renovação de vida. Se abre a alma ao Espírito Santo que santifica tudo e todos, passa a louvar, agradecer e a ter palavras doces para as pessoas. 
Todos nós, pela nossa vida, devemos transformar maldições interiores ou exteriores em bênçãos, ao ponto de, onde chegarmos, as maldições irem embora e as bênçãos de Deus pairarem naquele lugar"

Padre Márlon Murcio
 14/96/2016
Renovamento Carismático

terça-feira, 7 de junho de 2016

Os pequenos e grandes sacrifícios

«Amemo-l’O em verdade,
dando-lhe todos os sacrifícios
grandes e pequenos que Ele nos pedir
e retiremos forças na nossa união com Ele.
A alma que vive sob o olhar de Deus
encontra-se revestida da sua força
e é valente no sofrimento.»

Beata Isabel da Trindade | 1880 - 1906
Carta 308

Ó Jesus, é por Vosso amor

«E o que é que Nossa Senhora nos disse?
“Sacrificai-vos pelos pecadores
e dizei muitas vezes,
em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:
Ó Jesus, é por Vosso amor,
pela conversão dos pecadores
e em reparação pelos pecados cometidos
contra o Imaculado Coração de Maria.”
É que Maria sofreu no Seu Coração de Mãe
toda a ofensa cometida contra Deus,
Jesus Cristo, Seu Filho.»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 – 2005
Como vejo a Mensagem. pg. 51

A oração e o silêncio sãos as muralhas que nos guardam

«Organiza a tua vida:
em oração, retiro e silêncio,
e estas muralhas, guardar-te-ão
contra os inimigos.
Na oração,
no silêncio e retiro,
te encontrarás a sós com Deus.
Se os demónios, usando o mundo como seu aliado,
cercam a fortaleza;
se te atacam com calúnias,
com línguas maldizentes e te combatem,
já sabes até onde chega o mundo.
Se és privada dos santos sacramentos,
humilha-te
e Deus,
que não tem as Suas mãos atadas a estes sinais,
Te abençoará.
Por isso, não te preocupes,
segue inalterável,
serena e em paz
na tua relação com Deus.»

Beato Francisco Palau | 1811 - 1872
Carta 40, 2

Santificar o dia

«Devemos, santificar o nosso trabalho,
o nosso descanso,
o nosso alimento,
as nossas recriações honestas
como se fossem uma permanente oração.
Sabendo nós que Deus está presente,
basta lembrar-nos d’Ele
e de vez em quando
dirigir-Lhe alguma palavra:
quer seja de amor
– Amo-Te, Senhor! –,
quer seja de agradecimento
– Obrigado, Senhor, por todos os Teus benefícios –,
quer seja de súplica
– Senhor, ajuda-me a ser-Te fiel;
[…] Este trato íntimo e familiar com Deus
transforma os nossos trabalhos
e as nossas ocupações diárias
numa verdadeira e permanente vida de oração,
torna-nos mais agradáveis a Deus
e atrai sobre nós graças e bênçãos
de especial predilecção»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 – 2005
Apelos da Mensagem de Fátima 8, 95.

O amor precisa de alimento

«O amor
não pode permanecer ocioso
no coração humano,
age na medida
em que lhe é dado alimento.»

Beato Francisco Palau | 1811 - 1872
Minhas Relações com a Igreja

Todos os dias um passinho

«À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações».
Fala-se aqui de «conversão».
Disse o Papa: ao longo do caminho «não devemos olhar para trás: é uma estrada para ir em frente, rumo ao horizonte, com esperança, coragem e abertos à graça», mas pode acontecer que «um dia progrido, noutro regrido. Isto não ajuda», faz com que permaneçamos «parados no mesmo lugar». 
 Portanto «todos os dias» precisamos da conversão.
Talvez alguém possa dizer: «Padre, para me converter devo fazer penitências, flagelar-me», mas – explicou Francisco – servem «pequenas conversões». «Se conseguires não falar mal dos outros, estás no bom caminho para te tornares santo». Somos chamados a coisas simples: «Tenho vontade de criticar um vizinho, um colega de trabalho?» será útil «morder a língua um pouco», talvez «ela ficará inchada» mas «o vosso espírito será mais santo neste caminho».
O importante é «prosseguir» neste caminho «simples» mas que exige também «força» – «que é um dom do Espírito Santo – para «carregar os sofrimentos».  
De qualquer maneira, eles chegam mais cedo ou mais tarde: «uma doença ou a morte de uma pessoa querida, um problema com os filhos ou com os irmãos, um problema mais grave nos negócios ou no trabalho». 
A referência é sempre Jesus, o qual «prosseguiu e sofreu». 
Assim também para nós «há os pequenos pedaços de cruz», mas há também «a alegria deste caminho» durante o qual, «em todos os momentos» nos encontramos com Jesus.
Portanto, resumiu Francisco: «Coragem, esperança, graça, conversão e força», assim «construimos a santidade de todos os dias, na Igreja: cada dia um passinho em frente neste caminho rumo ao encontro com o Senhor». 

Papa Francisco
Homília na Casa de Santa Marta de 24/05/2016

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