quarta-feira, 25 de abril de 2012

Que Nossa Senhora seja a nossa companhia

É sempre muito reconfortante e encorajador receber um e-mail de um Convento de freiras contemplativas que diga isto: Que o Senhor os ajude em tudo. Rezamos também por si para que tenha a luz necessária e se possam abrir as portas para os ajudar da melhor maneira com a vossa Plataforma. Que Nossa Senhora seja a sua companhia. Sinta-se igualmente acompanhado pela oração destas 21 Irmãs! Em união de orações

sábado, 21 de abril de 2012

Capítulo 43 do Livro de Isaías

No capítulo 43 do Livro de Isaías podemos ver como Deus manifesta o seu Amor por nós, a fé e confiança que, por isso, nEle devemos ter e o espírito de arrependimento e penitência por todas as vezes em que manifestámos ingratidão e falta de correspondência a esse seu Amor.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A importância da virtude da vigilância

A virtude da prudência é importante porque nos ajuda a escolher, em cada momento, qual o comportamento e atitude mais correctos em face das circunstâncias concretas em que nos encontramos.

Mas a virtude da vigilância é quase tão importante ou até mais do que a da prudência.

A vigilância ajuda-nos a estar atentos a todo o possível mal que nos possa assolar. Não só o mal que vem de fora, do mundo ou do próprio demónio, mas também o mal que está dentro de nós alojado na nossa carne caída.

E mesmo quando haja festa e júbilo por algo de positivo, haverá sempre que montar guarda e vigilância, tal como as virgens prudentes.

Pela negativa, vigilância para evitar o pecado e para vencer as tentações que nos possam vir, mas também, pela positiva, vigilância para estar atentos aos outros, ao que de bom lhes podemos fazer, através de pormenores de serviço, de antecipação na fraternidade.

Por isso Jesus nos diz, no Horto das Oliveiras, estaí atentos, orai e vigiai para não caírdes em tentação.

Por fim, a virtude da vigilância pressupõe também o exercício da virtude da humidade pois só está vigilante quem se sabe vulnerável, frágil e incapaz.

Diz Jesus Cristo, em S. Marcos, capítulo 13, 33 a 37:
"Olhai e vigiai; porque não sabeis quando chegará o tempo.
É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos e a cada um a sua obra e mandasse ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã.
Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
E as coisas que vos digo, digo-os a todos: Vigiai"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nas tribulações, por Jesus, com Maria, na cruz

Quem tenta trabalhar seriamente por Cristo terá necessariamente que se confrontar, quase todos os dias com tribulações e provações, não só por razões pessoais e familiares, mas também em virtude do trabalho apostólico que cada um deve desenvolver.

Não pode o discípulo ser mais do que o Mestre. Por isso, se Jesus se confrontou com esta situação, nós não devemos fazer por menos.

Com a ajuda de Maria, a quem Jesus nos deu por mãe, a oração constante e o sacrifício oferecido na Santa Missa, conseguiremos fazê-lo com uma enorme paz interior pois, como diz S.Paulo:

"Vemo-nos acossados por toda a espécie de atribulações e nem por isso perdemos o ânimo; encontramo-nos em grandes apuros, mas não desesperados, ou sem recursos; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não inteiramente perdidos: trazemos sempre no nosso corpo por toda a parte a mortificação de Jesus".

terça-feira, 10 de abril de 2012

"Mas livraí-nos de todo o mal"

No "Pai Nosso" rezamos "mas livraí-nos de todo o mal".

Este "todo o mal" pode ser interpretado como o mal físico, material ou até financeiro que nos pode afectar, tais como doenças, períodos de carência ou necessidade.

E pode ainda ser interpretado como "ocasião de tentação" que nos leve ou seduze para o mal.

Mas também pode referir-se ao mal que existe dentro de nós e como nos devemos livrar desse mal endógeno que, por vezes, parece que nos afoga e sufoca.
Como dizia, um autor Emanuel Wertheimer "Há o bem e o mal: o primeiro depende de nós; nós dependemos do segundo."

Por outras palavras, para fazer o bem, temos que nos mover, enquanto que para fazer o mal, basta deixá-lo actuar e manifestar-se desde dentro de nós.

Ou ainda, como refere o escritor comunista José Saramago "É mais fácil ser mau, mau nas suas formas menores, mau em tudo aquilo que nos afasta do outro, do que ser bom." (Cfr. Entrevista ao Expresso 1995)

O que está dentro de nós, o mal, afasta-nos do outro. O que precisamos de fazer de bem, está fora de nós e leva-nos ao encontro do outro.

Por isso, no Pai Nosso, rezamos também "Livraí-nos do meu próprio mal, livrai-nos de nós próprios, livraí-nos do que nós próprios, por nós só, somos e fazemos"

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Caridade no serviço

"(...) podemos perguntar-nos se, nos lugares em que se desenvolve a maior parte da nossa vida, as pessoas sabem que somos discípulos de Cristo
pela forma amável, compreensiva e acolhedora com que as tratamos (...)
se procuramos não cometer faltas contra a caridade por pensamentos, palavras ou atos;
se sabemos pedir desculpas quando tratamos mal a alguém;
se temos manifestações de carinho com os que estão ao nosso lado: cordialidade, estima, umas palavras animadoras, a correção fraterna (..), o sorriso habitual e o bom humor, serviços que prestamos, preocupação verdadeira pelos problemas dos outros, pequenas ajudas que passam despercebidas".
Francisco Fernández Carvajal. Falar com Deus. Tomo 2. Quadrante. Página 224.

"Já não está aqui"

A ressureição não tem por objecto apenas o corpo morto de Jesus.
A morte é, como diz S.Paulo, o salário do pecado, mas Jesus aceitou experimentar a morte, ainda que não tivesse pecado.
Por isso, vencer a morte é também vencer algo pior do que a própria morte que é o pecado mortal.
Quando o Anjo diz às santas mulheres "Non est hic, ressurexit sicut dixit" há algo de mais profundo nestas palavras.
O "Non est hic" significa "o homem velho, sujeito à morte e, no nosso caso, sujeito ao pecado" já não existe, já não mora mais aqui, já cá não está.
Agora, já só existe o homem novo, o homem ressuscitado, o homem que, ainda que morra no corpo, viverá para sempre.
Peçamos ao Senhor, por intermédio da sua Mãe, Maria Santíssima, que também o homen velho em nós deixe de existir, deixe de estar aqui e, unidos à ressurreição do Senhor, também nós, ainda em vida, ressuscitemos.

Como agir perante a consciência do mal em nós ?

Por vezes não nos damos conta do mal que existe dentro de nós.
Não se trata só do pecado original, mas de uma verdadeira veia maligna ou besta em potência que repousa e que aguarda apenas ser despertada por um qualquer estimulo ou circunstância ardilosamente proporcionado pelo isco que o mundo, a carne ou o demónio nos colocam à frente.
S.José Maria Escrivá dizia que se sentia capaz de cometer os piores pecados e as piores barbaridades e, em conversa com a Irmã Lúcia, em Tui, comentavam ambos ter a plena consciência que o facto de serem pessoas publicamente reconhecidas como "boas" e até "santas" só por si não lhes daria o Céu e que poderiam, em vida, perder o Céu que supostamente já lhes estaria predestinado.
Nem sempre, porém, temos bem presente esta "bomba-relógio" que existe em cada um de nós e só nos damos conta disso quando surgem ocasiões e quedas.
Aí não nos podemos surpreender que alguém que tenha dado tanto a Deus ou ao próximo, possa depois cometer os mais elementares, básicos e até bárbaros atos de pecado, ganância, prepotência, despotismo e egoísmo que jamais se possam imaginar.
Poderá ser fácil, então, cair no desespero, no pessimismo e sobretudo na desmoralização estéril que nos leve a pensar que, afinal, a nossa vida e nós próprios mais não somos do que um "beco sem saída".
Foi esta a atitude de Judas Iscariotes ao dar-se conta do que tinha feito, ao entregar Jesus Cristo para ser maltratado e morto e daí ao suicídio foi um pequeno passo.
Perante este panorama, a alternativa, porém, deverá ser a de acudir ao Senhor com espírito de humilidade e arrependimento, o mesmo espírito de Pedro que chora a sua traição ou o mesmo espírito do "bom ladrão" que depois de roubar e talvez até matar se arrepende e pede uma nova oportunidade ainda que no céu.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Amor de uma só vez

O amor não se regateia nem se dá aos bocados ou por etapas ou prestações, mas sim de uma só vez, tal como Cristo o fez por nós:
- Tendo-nos amado, amou-nos até ao fim

Quando Cristo jaz na cruz, diz "Tenho fome", fome do nosso amor que é dado a Deus através do amor aos outros.

No fim de contas, a história do Cristianismo é uma história de amor, a mais bela de todas.

O santo forja-se nas pequenas coisas

"Por isso te digo que, se quiseres portar-te como um cristão coerente – sei que estás disposto a isso, embora te custe tantas vezes vencer-te ou puxar por esse pobre corpo – deves ter muito cuidado com os mais pequenos pormenores, porque a santidade que Nosso Senhor te exige atinge-se realizando com amor de Deus o trabalho e as obrigações de cada dia, que se compõem quase sempre de pequenas realidades".
(...)l embro a grandeza de actuar com espírito divino no cumprimento fiel das obrigações habituais de cada dia, com essas lutas que enchem Nosso Senhor de alegria e que só Ele e cada um de nós conhece.
Convençam-se de que normalmente não vão encontrar ocasiões para grandes façanhas (...).
Pelo contrário, não faltam ocasiões de demonstrar o amor a Jesus Cristo, através do que é pequeno, do normal. (...)
Portanto, tu e eu vamos aproveitar até as oportunidades mais banais que se apresentarem à nossa volta, para santificá-las, para nos santificarmos e para santificar os que compartilham connosco os mesmos afãs quotidianos, sentindo nas nossas vidas o peso doce e sugestivo da co-redenção"
S.José Maria Escrivá in "Amigos de Deus", n 6–9.

Meditar a Via Sacra

Todas as 6ªs feiras do ano são, de acordo com o código de direito canónico, dias em que os fiéis devem dedicar particularmente ao jejum, oração, esmola e penitência.

Mas tudo isso tomará um significado especial se, nessas mesmas 6ªs feiras, meditarmos a via-sacra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Caso contrário, corremos o risco de todas essas práticas mais não serem do que atos sem sentido.

Ao meditar na via-sacra veremos que "os padecimentos de Cristo animam-nos a fugir de tudo o que possa significar aburguesamento, apatia, preguiça. Avivam o nosso amor e afastam a tibieza. Tornam a nossa alma mortificada, ajudam-nos a guardar melhor os sentidos" in "Falar com Deus" Tomo2. Francisco Fernández Carvajal. Quadrante. Página 189.

Lavar os nossos pés todos os dias

"Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo"
In João 12, 10

Quem vive ainda no meio do mundo e ainda não foi para a pátria celeste porque ainda caminha aqui necessariamente suja os pés com o seu caminhar, ainda que o resto do seu corpo esteja limpo.
Ou seja, ainda que estejamos em estado de graça santificante e não o percamos pela prática de qualquer pecado mortal, ainda assim, acabamos por cometer pecados veniais diariamente.
Por isso, também diariamente, ao fim do dia, no exame de consciência ou na Eucaristia (para quem a frequente todos os dias) devemos "lavar os pés" pois só assim poderemos ser instrumentos eficazes ao serviço do Senhor Jesus.

Lavar os pés dos outros todos os dias

Cristo dá o exemplo da forma como devemos servir os outros, através de um ato de grande humildade e humilhação que antecede o outro ato maior que se seguirá, com a sua morte na cruz:
"Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lava os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Na verdade, na verdade, vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou"in Lucas 13, 15-17
Caridade = Humildade = (co-) redenção

Por outro lado, o fato de Cristo ter dado o exemplo da caridade como instrumento da própria redenção associando-o à própria instituição da Eucarístia mostra que esta última deve ser o ponto de partida e chegada da prática da caridade e que não faz, por isso, sentido que alguém frequente a Eucarístia e comungue e, depois, não a pratique.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

As balas da oração

(S.Nuno de Santa Maria) venceu "com as armas dos jejuns e das esmolas (balas da oração) os 3 inimigos da alma (o mundo, a carne e o diabo) conseguindo vitorioso aglória de louros última"

In "Vida e Feitos Heróicos do Grande Condestável", de Rodrigo Mendes Silva
Lusitano, da Editora Esfera do Caos. Pág. 396.

A devoção de S.Nuno de Sta Maria à Confissão e à Eucarístia

Alguma biografias de S.Nuno de Santa Maria são um pouco exageradas, tal como esta da "Vida e Feitos Heróicos do Grande Condestável", de Rodrigo Mendes Silva Lusitano, da Editora Esfera do Caos, segundo a qual "O grande Condestável foi observantíssimo da sagrada religião, ouvia todos os dias duas missas, e nos sábados e domingos ouvia três, confessava-se cada ano nas três Páscoas e no dia de Nossa Senhora de Agosto" Página 395 .
Apesar do exagero, fica claro a enorme devoção de S. Nuno de Santa Maria a estes dois sacramentos maiores, Eucarístia e Confissão.
Por outras palavras, sempre que podia, S. Nuno assistia à Santa Missa e confessava-se o mais frequentemente possível.

Preparar e agradecer a Eucarístia

Para quem comunga diariamente o dia deveria ser dividido em 2 partes:
- Um de preparação para a comunhão eucarística
- Outro de acção de graças pela comunhão eucarística

Em ambas as partes, essa preparação e essa acção de graças só fazem sentido se forem também acompanhadas de pormenores de serviço e caridade para com os nossos irmãos que nos estão mais próximos.

"Esmeremo-nos ao longo do dia, filhas e filhos meus, em não perder a consciência dessa inabitação de Deus. Mais ainda: podemos incrementá-la constantemente com atos de fé e de amor, com comunhões espirituais e invocações a Nossa Senhora, que nos hão de servir para dar graças a Jesus por ter vindo sacramentalmente à nossa alma, e para ir preparando a Comunhão do dia seguinte"
D.Javier Echevarria. Bispo. Carta Pastoral de Abril de 2012.

Piedade Eucarística

"Deus Nosso Senhor precisa que Lho digais muitas vezes, ao recebê-Lo, em cada manhã: Senhor, creio que és Tu, creio que estás realmente escondido nas espécies sacramentais! Adoro-Te, amo-Te! E quando Lhe fizerdes uma visita no oratório, repeti-Lho de novo: Senhor, creio que estás aqui realmente presente!
Adoro-te, amo-Te! Isso é ter carinho pelo Senhor. Assim O amaremos mais em cada dia.Depois, continuai a amá-Lo durante o dia, pensando e vivendo nesta consideração: vou acabar bem as coisas por amor a Jesus Cristo que nos preside do Tabernáculo. Amai muitíssimo a Jesus Sacramentado, e procurai que muitas almas O amem: somente se tiverdes esta preocupação nas vossas almas, sabereis ensiná-la aos outros, porque dareis o que viveis, o que tendes, o que
sois"
S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 4-IV-1970

A Eucarístia como nosso sacrifício

"O Senhor também nos disse isso: toma, come-Me. Mais humano não pode ser.
Mas não somos nós que humanizamos Deus Nosso Senhor quando O recebemos: é Ele que nos diviniza, nos exalta, nos levanta.

Jesus faz o que nos é impossível a nós: sobrenaturaliza as nossas vidas, as nossas ações, os nossos sacrifícios.
Ficamos divinizados. Não me faltam razões: aqui está a explicação do meu viver
"
S. Josemaria, Notas de uma meditação, 14-IV-1960.

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