segunda-feira, 9 de abril de 2012

Como agir perante a consciência do mal em nós ?

Por vezes não nos damos conta do mal que existe dentro de nós.
Não se trata só do pecado original, mas de uma verdadeira veia maligna ou besta em potência que repousa e que aguarda apenas ser despertada por um qualquer estimulo ou circunstância ardilosamente proporcionado pelo isco que o mundo, a carne ou o demónio nos colocam à frente.
S.José Maria Escrivá dizia que se sentia capaz de cometer os piores pecados e as piores barbaridades e, em conversa com a Irmã Lúcia, em Tui, comentavam ambos ter a plena consciência que o facto de serem pessoas publicamente reconhecidas como "boas" e até "santas" só por si não lhes daria o Céu e que poderiam, em vida, perder o Céu que supostamente já lhes estaria predestinado.
Nem sempre, porém, temos bem presente esta "bomba-relógio" que existe em cada um de nós e só nos damos conta disso quando surgem ocasiões e quedas.
Aí não nos podemos surpreender que alguém que tenha dado tanto a Deus ou ao próximo, possa depois cometer os mais elementares, básicos e até bárbaros atos de pecado, ganância, prepotência, despotismo e egoísmo que jamais se possam imaginar.
Poderá ser fácil, então, cair no desespero, no pessimismo e sobretudo na desmoralização estéril que nos leve a pensar que, afinal, a nossa vida e nós próprios mais não somos do que um "beco sem saída".
Foi esta a atitude de Judas Iscariotes ao dar-se conta do que tinha feito, ao entregar Jesus Cristo para ser maltratado e morto e daí ao suicídio foi um pequeno passo.
Perante este panorama, a alternativa, porém, deverá ser a de acudir ao Senhor com espírito de humilidade e arrependimento, o mesmo espírito de Pedro que chora a sua traição ou o mesmo espírito do "bom ladrão" que depois de roubar e talvez até matar se arrepende e pede uma nova oportunidade ainda que no céu.

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