Li algures o relato de alguém que tinha acrescentado mais uma cena ao evangelho.
Rezava assim:
"Certo dia Jesus vinha a caminhar com os seus discípulos quando se aproximou um tabelião que se apresentou perante Ele.
Pôs-se de joelhos e disse
«Mestre, já vivi e experimentei muita coisa nesta vida. Deixei-me levar pela ganância, pela atracção da riqueza e pelos prazeres da luxúria, convivi com cobradores de impostos e meretrizes.
Em tudo saboreei prazeres e gostos, uma felicidade intensa mas passageira.
No fim, sentia-me sempre triste por tudo ter acabado e porque sentia que não estava a cumprir os meus deveres que frequentemente abandonava para poder saborear dos prazeres do dinheiro, da bebida e da carne.
Ouvi dizer que pregas o Reino de Deus na terra, fazes milagres e as tuas palavras não são vãs mas têm um gosto de vida eterna.
Mestre, podes-me dar a felicidade eterna e tirar-me esta sensação de desejo que em tudo se consporca em vãos prazeres que em nada dão?»
Jesus aproximou-se dele, fitou-o nos olhos com um sorriso cheio de paz e caridade e disse
«Se vieres atrás de mim, vens atrás da Cruz. Só te tenho para oferecer a Cruz e o Amor de Deus"
Segue-me!
O mundo tem uma parte visível que tem a ver com a nossa vida exterior e outra interior, os nossos pensamentos, a nossa relação interior com o outro mas também com o que não vemos. Este blog pretende ser um armazém de pensamentos e considerações de natureza católica sobre aquilo que não se vê, mas pode-se ver, se quisermos
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
A importância da Eucaristia Dominical
No antigo testamento, o sábado era um preceito que servia de sinal da aliança de Deus com os Homens.
Nesse dia, o descanso e a oração e a estadia em casa com a família, relembrava Deus e associava os Judeus a Deus, fazendo-os participar de algo que Deus também fez ao 7º dia da criação, descansou.
Com o novo testamento, Cristo assumiu-se como o novo sinal da aliança de Deus com os Homens e a sua morte e ressurreição, celebrada na Eucaristia, substituíu o sábado como expressão da nossa ligação a Deus.
Com o preceito dominical, o homem participa não de algo que Deus fez ("descansou"), mas de algo que Deus é ("na pessoa de Jesus Cristo").
Assim, se os Judeus cuidam do sábado de forma escrupulosa porque acreditam que ao fazê-lo imitam a Deus e daí isso ser uma forma de estar mais próximo dele e de participar na sua acção, mais devemos nós, os católicos, cuidar do Domingo de forma ainda mais escrupulosa porque acreditamos que ao ir à Eucarístia podemos participar da própria natureza de Deus na pessoa de Jesus Cristo Sacramentado na Sagrada Hóstia consagrada.
A este propósito, vale a pena reler a carta apostólica "Dies Domini"
Nesse dia, o descanso e a oração e a estadia em casa com a família, relembrava Deus e associava os Judeus a Deus, fazendo-os participar de algo que Deus também fez ao 7º dia da criação, descansou.
Com o novo testamento, Cristo assumiu-se como o novo sinal da aliança de Deus com os Homens e a sua morte e ressurreição, celebrada na Eucaristia, substituíu o sábado como expressão da nossa ligação a Deus.
Com o preceito dominical, o homem participa não de algo que Deus fez ("descansou"), mas de algo que Deus é ("na pessoa de Jesus Cristo").
Assim, se os Judeus cuidam do sábado de forma escrupulosa porque acreditam que ao fazê-lo imitam a Deus e daí isso ser uma forma de estar mais próximo dele e de participar na sua acção, mais devemos nós, os católicos, cuidar do Domingo de forma ainda mais escrupulosa porque acreditamos que ao ir à Eucarístia podemos participar da própria natureza de Deus na pessoa de Jesus Cristo Sacramentado na Sagrada Hóstia consagrada.
A este propósito, vale a pena reler a carta apostólica "Dies Domini"
Castidade e Pureza
Para muitas pessoas a castidade implica um esforço quase impossível de alcançar tantas são as solicitações que saltam de dentro e por fora.
Para muitas pessoas viver a castidade é viver oprimido e num "não" constante.
Porém, a questão da castidade não tem tanto a ver com "aquilo a que renunciamos" mas mais com o "aquilo a que alcançamos por a isso renunciar"
Quem vive a pureza/castidade de forma sólida e constante vê as portas do céu abrirem de par em par e, assim, consegue ver a Deus e à sua mãe Maria Santíssima.
Na realidade, não se trata de uma negação do corpo em favor do espírito; trata-se de uma integração do corpo no espírito ou, como melhor diz o Papa Bento XVI, "Que submeta o corpo à disciplina do espírito, sem contudo isolar a razão ou a vontade, mas aceitando-se a si mesmo como vindo de Deus, reconheça e viva também a corporeidade da existência como riqueza para o espírito". Jesus de Nazaré. Bento XVI. Pág. 133.
Humildade constante
Por vezes, quando a vida nos corre melhor do ponto de vista profissional, financeiro, pessoal ou familiar, sentimo-nos com o rei na barriga, como autênticos senhores do mundo e, para nós, a soberba e auto-satisfação leva-nos a saudar a vida como uma riqueza de que usufruímos.
Porém, é habitual que depois desse auto-contentamento, Deus permita que soframos algum revéz de natureza médico, profissional, financeiro ou inter-relacional.
E aí já vamos a correr para a Igreja, a oração, etc...
Feliz é o homem que recorre a Deus sempre e, em todas as ocasiões, incluíndo nos tempos de sucesso e glória humana e que, também, nesses momentos saiba e tenha convicta consciência que tudo o que tem é emprestado e não lhe pertence.
Só assim se evita a morte.
Porém, é habitual que depois desse auto-contentamento, Deus permita que soframos algum revéz de natureza médico, profissional, financeiro ou inter-relacional.
E aí já vamos a correr para a Igreja, a oração, etc...
Feliz é o homem que recorre a Deus sempre e, em todas as ocasiões, incluíndo nos tempos de sucesso e glória humana e que, também, nesses momentos saiba e tenha convicta consciência que tudo o que tem é emprestado e não lhe pertence.
Só assim se evita a morte.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Como evangelizar ?
sábado, 13 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
O sofrimento no ano paulino, por Bento XVI
Não há amor sem sofrimento, sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu pela verdadeira liberdade. Quando não há nada por que valha a pena sofrer, até a própria vida perde o seu valor.
A Eucaristia, o centro do nosso ser cristãos, fundamenta-se no Sacrifício de Jesus por nós, nasceu do sofrimento do Amor, que na Cruz alcançou o seu cume.
Nós vivemos deste amor que se entrega. Este amor dá-nos a valentia e a força para sofrer com Cristo e por Ele neste mundo, sabendo que, precisamente assim, a nossa vida se torna grande, madura e verdadeira.
Papa Bento XVI
Homilia na inauguração do ano paulino, 28-VI-2008.
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