sábado, 19 de novembro de 2016

Reconhecer Deus que nos visita

O Pontífice tentou imaginar o fluxo de memória que envolveu Jesus naquele momento e evocou de novo o profeta Oseias: «Quando Israel era menino eu amei-o, mas quanto mais o chamava tanto mais se afastava de mim». Evidenciou-se o «drama do amor de Deus, o afastar-se, a infidelidade do povo». Era, explicou, «aquilo que Jesus tinha no coração»: por um lado a memória de uma «história de amor», até de um «amor “louco” de Deus pelo seu povo, um amor sem medida», e por outro a resposta «egoísta, desmotivada, adúltera, idólatra» do povo.
Há também outro aspeto que emerge do trecho evangélico do dia. De facto, Jesus lamenta-se sobre Jerusalém, «porque – disse – não reconheceste o tempo no qual foste visitada por Deus, pelos patriarcas e pelos profetas». 
O Pontífice sugeriu que na memória de Jesus havia «a parábola divinatória, de quando o patrão envia um seu empregado a receber o dinheiro: é espancado; e depois outro que é assassinado. 
No final envia o seu filho e o que diz o povo? “Mas este é o filho! Este tem a herança... Matemo-lo! E a herança será nossa!». 
É a explicação do que se entende por «hora da visita», isto é: «Jesus é o filho que vem e não é reconhecido. É rejeitado!». Com efeito, no Evangelho de João lê-se: «Veio até eles mas eles não o aceitaram», «a luz veio e o povo escolheu as trevas». 
Portanto é isto, explicou Francisco «que faz sofrer o coração de Jesus Cristo, esta história de infidelidade, de não reconhecimento das carícias de Deus, o amor de Deus, de um Deus apaixonado» que quer a felicidade do homem.
(....)
Neste ponto, a meditação do Pontífice dirigiu-se à vida diária de cada cristão, porque, disse, «este drama não aconteceu só na história e acabou com Jesus. É o drama de todos os dias». 
Cada um de nós pode perguntar-se: «Reconheço o tempo no qual fui visitado? Deus visita-me?».

(...) «fazer um exame de consciência: “Estou atento ao que acontece no meu coração? Sinto? Sei ouvir as palavras de Jesus, quando ele bate à minha porta ou quando me diz: “Desperta! Corrige-te!”; ou quando me diz: “Desce, que quero cear contigo”?».
É uma pergunta importante porque, advertiu o Pontífice, «cada um de nós pode cair no mesmo pecado do povo de Israel, no mesmo pecado de Jerusalém: não reconhecer o tempo no qual fomos visitados».
Diante de tantas nossas certezas – «Mas estou certo das minhas ideias. Vou à missa, tenho a certeza» – é preciso recordar que «todos os dias o Senhor nos visita, bate à nossa porta». E por conseguinte «devemos aprender a reconhecer isto para não acabar naquela situação tão dolorosa» descrita nas palavras do profeta Oseias: «Quanto mais os amava, mais os chamava, mais se afastavam de mim». Portanto, repetiu o Papa: «Tu fazes todos os dias um exame de consciência sobre isto? 
Hoje o Senhor visitou-me? 
Recebi algum convite, alguma inspiração para o seguir mais de perto, para fazer uma obra de caridade, para rezar um pouco mais?», resumindo, para realizar tudo aquilo para o que «o Senhor nos convida todos os dias para se encontrar connosco?». 
Portanto, o ensinamento que nasce desta meditação é que Jesus «chora não só por Jerusalém, mas por todos nós» e que ele «dá a sua vida, para que reconheçamos a sua visita». 
Neste sentido, o Pontífice recordou «uma frase muito vigorosa» de Santo Agostinho: «”Sinto medo de Deus, de Jesus, quando passa!” – “Mas porque sentes medo?” – “Tenho medo de não o reconhecer!”». Por isso, concluiu o Papa, «se tu não estiveres atento ao teu coração, nunca saberás se Jesus te visita ou não».

Papa Francisco
Homilia na Casa de Sta Marta, 17-XI-2016

domingo, 16 de outubro de 2016

Fazer um sacrário do nosso coração

«A comunhão é um céu na terra
para a alma que se compenetra bem do acto que faz…
Tiremos Jesus da Sua fria prisão
e abriguemo-Lo no nosso coração,
tão pobre, mas cheio de amor.»

Santa Teresa dos Andes | 1900 - 1920
Carta 128

Senhor,
a Comunhão traz-me todos os bens,
porque é a Ti mesmo que comungo.
E como desejas ser recebido por mim,
por nós!
Sim, não desces do Céu
para Te fazeres Pão,
e ficares simplesmente no sacrário,
mas sim para vires habitar o meu coração
e transformar-me em Ti.
Saiba eu ser outro Cristo
na vida de todos os que me rodeiam.
Assim seja!

Pregar, Deus a cooperar connosco, confirmar a palavra com as obras




"20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram.  Amém"

Último versículo do Evangelho segundo S.Marcos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A Santa Paciência como expressão da Misericórdia

CARTAS PASTORAIS
Ao passar em revista as obras de misericórdia, detenhamo-nos agora numa que o Catecismo da Igreja Católica enuncia assim: suportar com paciência as contrariedades [8], tanto as que provêm dos nossos próprios limites, como as que procedem de fora. Mantenhamos uma confiança plena na misericórdia do Senhor que, de todos os acontecimentos, sabe tirar o bem. A paciência também cresce como um dos frutos mais saborosos da caridade para com o próximo. S. Paulo refere-o, no seu magnífico hino a esta virtude: O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta [9].
A misericórdia há de conduzir-nos a viver diante dos outros com paciência, também quando se mostram inoportunos. Todos temos defeitos, arestas no caráter e, ainda que o não procuremos voluntariamente, muitas vezes causamos atritos que ferem os outros: os membros da nossa família, os colegas de trabalho, os amigos, nos momentos de crispação que podem surgir, por exemplo, nas filas de trânsito na cidade… Todas estas ocasiões nos dão oportunidade para tornar grata a vida aos outros, sem nos guiarmos por um caráter desordenado.
A paciência leva-nos a focar sem dramatismos as imperfeições dos outros, sem cair na tentação de lhas atirar à cara, nem procurar desabafar comentando-o com terceiros. De pouco serviria, por exemplo, calar-se perante certos defeitos de alguém se depois os puséssemos em evidência com um comentário irónico; ou se o nosso desgosto nos levasse a tratar a pessoa com frieza; ou se caíssemos em formas subtis de murmuração, que fazem mal a quem murmura, àquele que é objeto da murmuração, e a quem a ouve. Sofrer com paciência os defeitos dos outros convida-nos a procurar que essas carências não nos condicionem na altura de lhes querer bem: não se trata de os estimar apesar dessas limitações, mas sim de os amar com essas limitações. Esta é uma graça que podemos pedir ao Senhor: não nos determos nem justificar as nossas más reações perante as maneiras de ser diferentes dos outros que nos desgostam, porque cada uma, cada um, possui sempre muito maior riqueza, mais bondade do que os seus defeitos. Por isso, quando notarmos que o coração não responde, metamo-lo no coração do Senhor: Cor Iesu sacratissimum et misericors, dona nobis pacem! Ele transformará o nosso coração de pedra num coração de carne [10].
Esmeremo-nos, pois, no cumprimento de todos os nossos deveres, até daqueles que parecem menos importantes; aumentemos a nossa paciência nas contrariedades de cada instante, cuidemos dos pequenos pormenores. Temos de tornar mais vigoroso o nosso esforço por melhorar; para isso, correspondamos a Deus nas pequenas lutas em que Ele nos espera. Por que havemos de ficar ressentidos pelos atritos com carateres diferentes e opostos, tão próprios da convivência quotidiana? Lutemos! Vençamo-nos a nós mesmos! É aqui que Deus nos espera [11].
Receber com um sorriso quem vem ter connosco com ar sombrio, ou responde com palavras desabridas ao nosso interesse por eles, revela modos excelentes de viver o espírito de sacrifício. Muitas vezes, aconselhava o nosso Padre, um sorriso é a melhor prova de espírito de penitência. Já no Caminho ,entre os exemplos de mortificação que sugeria nos anos de 1930, indicava:Essa palavra acertada, a «piada» que não saiu da tua boca; o sorriso amável para quem te incomoda; aquele silêncio ante a acusação injusta; a tua conversa afável com os maçadores e com os inoportunos, não dar importância cada dia a um pormenor ou outro, aborrecido e impertinente, de pessoas que convivem contigo... Isto, com perseverança, é que é sólida mortificação interior [12].
Carta  pastoral  de Agosto  de declaração. JAVIER  ECHEVARRIA 

domingo, 14 de agosto de 2016

Ditoso o coração enamorado

«Ditoso o coração enamorado,
que só em Deus pôs o pensamento;
Por Ele renuncia a todo o criado
e n’Ele encontra sua glória e contento.»

Santa Teresa de Jesus | 1515 – 1582
Poesias 5

Dar sem buscar recompensa

«Amar sem medida quer dizer
sacrificar-se sem lamentos,
dar sem buscar recompensa,
perdoar sem rancores,
ajudar sem se cansar.»

Beata Maria Josefina de Jesus Crucificado | 1894 - 1948
Autobiografia. p. 369

Fazer Penitência por nós

«Porque todos somos pecadores,
todos temos necessidade de orar
com humildade e perseverança.
Nisto mesmo, o divino Salvador
nos deu exemplo, porque tomou
sobre Si os nossos pecados e
quis fazer oração por nós.
Foi assim que, antes de iniciar a Sua vida pública,
passou quarenta dias e quarenta noites,
no deserto, a orar e a jejuar
para fazer penitência por nós.»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 - 2005
Apelos da Mensagem de Fátima, cap. 8

Não colher as flores

«Repare-se que não são só os bens temporais
e os prazeres corporais
que impedem e contrariam
o caminho de Deus.
Também as consolações
e os prazeres espirituais,
quando se procuram
ou efetivamente se têm,
impedem o caminho da cruz do Esposo Cristo.
Portanto, a quem quiser avançar,
convém não ficar a colher essas flores.
Mais ainda, é preciso
que tenha a coragem e a valentia de dizer:
Nem temerei as feras,
e passarei os fortes e fronteiras.
Nestes versos refere-se aos três inimigos da alma:
o mundo, o demónio e a carne.
São eles que lhe fazem guerra
e colocam obstáculos no caminho.»

S. João da Cruz | 1542 - 1591
Cântico Espiritual.3, 5

Tratemos a Virgem Maria como uma Mãe

«Tratemos com a Virgem Maria
como com uma Mãe.
Confiemos a Ela
as nossas debilidades
a fim de que Ela as ajude a vencer;
as nossas tendências
a fim de que as oriente para o bem;
os nossos pensamentos
a fim de que os torne castos;
os nossos afetos,
a fim de que os guarde puros.
Caminhemos até Deus por Maria;
seja Ela a escada para ir até Ele,
como é para nós canal das Suas graças.»

Beata Maria Josefina de Jesus Crucificado | 1894 - 1948
Conselhos. 2, 22

O Amor vence as tribulações

«Às almas mais generosas
costumam apresentar-se outras feras
mais interiores e espirituais,
como sejam, dificuldades e tentações,
tribulações e trabalhos de várias espécies
pelos quais é conveniente passar.
Deus manda-os
aos que quer elevar a grande perfeição,
provando-os e examinando-os
como ouro no fogo,
conforme diz David:
“Muitas são as tribulações dos justos,
mas de todas elas os livrará o Senhor”.
Contudo, a alma enamorada,
que estima o seu Amado
acima de todas as coisas,
confiando no seu amor
e no seu auxílio,
não tem grande dificuldade em dizer:
“Nem temerei as feras, e passarei os fortes e fronteiras”.»

S. João da Cruz | 1542 - 1591
Cântico espiritual. 3, 8

Resistir até ao sangue na luta contra o pecado

Heb. 12,1-4.
Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, libertemo-nos de todo o impedimento e do pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós,
fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz, desprezando a sua ignomínia, e está sentado à direita do trono de Deus.
Pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo.
Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O Pai Nosso, segundo o Papa Francisco

Quando orardes, dizei:" Pai ... ", respondeu Jesus, e o Papa salientou que esta palavra “Pai”  o "segredo" da oração de Jesus, é a chave que Ele nos dá para entrarmos numa relação de diálogo confidencial com Deus.
Ao apelativo "Pai" Jesus associa dois pedidos – prosseguiu Francisco: 
"Santificado seja o vosso nome, venha o vosso reino", para realçar que a oração de Jesus, e também a oração cristã, é antes de tudo dar um lugar a Deus, deixando-o manifestar a sua santidade em nós e fazendo progredir o seu reino na nossa vida.
Outros três pedidos complementam o "Pai Nosso", pedidos que exprimem as nossas necessidades fundamentais: pão, perdão e ajuda na tentação:
“O pão que Jesus nos faz pedir é o pão necessário e não o supérfluo; é o pão dos peregrinos, um pão que não se acumula nem se desperdiça, pão que que não torna pesada a nossa marcha; o perdão é, antes de tudo, aquele que nós mesmos recebemos de Deus: somente a consciência de sermos  pecadores perdoados pela infinita misericórdia de Deus pode fazer-nos capazes de fazer gestos concretos de reconciliação fraterna; o último pedido, "não abandonar-nos na tentação", exprime a consciência da nossa condição, sempre exposta às insídias do mal e da corrupção”.
E Jesus prossegue tomando como modelo de oração a atitude de um amigo em relação com outro amigo e a de um pai em relação com o filho. Ambas as parábolas querem ensinar-nos a ter plena confiança em Deus, que é Pai, disse o Papa ressaltando que Ele sabe melhor que nós as nossas necessidades, mas quer as apresentemos a ele com coragem e com insistência, pois esta é a nossa maneira de participar na Sua obra de salvação.
“A oração é o primeiro e o  principal ‘instrumento de trabalho’ em nossas mãos! 
Insistir com Deus não é para convencê-lo, mas para fortalecer a nossa fé e a nossa paciência, ou seja, a nossa capacidade de lutar juntamente com  Deus pelas coisas que verdadeiramente são importantes e necessárias. Na oração somos dois: Deus e eu a lutar juntos para as coisas importantes”.
Entre estas coisas importantes, disse ainda Francisco, tem uma que é mais importante do que todas, mas que quase nunca pedimos, e é o Espírito Santo, pois Jesus diz: "Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso  Pai celeste dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!". 
O Espírito Santo serve para vivermos bem, para vivermos com sabedoria e amor, fazendo a vontade de Deus, concluiu convidando a todos e a cada um a pedir ao Pai durante esta semana: “Pai, dá-me o Espírito Santo, Pai, dá-me o Espírito Santo”. 
Que a Virgem Maria cuja vida foi toda ela animada pelo Espírito de Deus, nos ajude a rezar ao Pai unidos a Jesus, e a vivermos não de maneira mundana, mas segundo o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo.

Angelus
24-VII-2016

domingo, 26 de junho de 2016

Vós sois o meu refúgio

Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: "Tu és o meu Deus."
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,

nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena na vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Presença de Deus na língua

“Tenho de ser de Deus no olhar, nas palavras, no gestual, nos sentimentos, nas obras, nos passos. Deus quer-nos na hora da Missa, mas também depois da Missa. 
Deus quer-nos quando estamos sentados nos bancos da igreja, mas também quando estamos a tomar duche. 
Deus quer-nos e quer a nossa língua para nela pousar a Santíssima Eucaristia e para vê-la rezar o Pai Nosso, mas também quer a nossa língua quando estamos ao telemóvel e as nossas palavras e mensagens quando estamos nas redes sociais”, prosseguiu, alertando que “não dá para ser pela metade de Deus”.

 Santo António ensinou a falar na ausência de uma pessoa somente aquilo que eu teria coragem de falar na presença dela”, acrescentou o sacerdote, lembrando que a língua daquele santo que viveu nos séculos XII e XIII permanece “intacta” ainda hoje. “O que sobrará da nossa língua?”, perguntou, lembrando que as “palavras podem «curar» ou «adoecer» alguém, abrir «portas» ou fechar «portas», levantar «muralhas» ou estender «pontes»”. “Santa Faustina disse «quem não sabe se silenciar, no céu não haverá de morar»”, acrescentou, lembrando que a palavra deve ser “fruto” da oração.

 "Se você tem um encontro pessoal com Jesus, se rende a sua vida a Jesus, passa a viver em renovação de vida. Se abre a alma ao Espírito Santo que santifica tudo e todos, passa a louvar, agradecer e a ter palavras doces para as pessoas. 
Todos nós, pela nossa vida, devemos transformar maldições interiores ou exteriores em bênçãos, ao ponto de, onde chegarmos, as maldições irem embora e as bênçãos de Deus pairarem naquele lugar"

Padre Márlon Murcio
 14/96/2016
Renovamento Carismático

terça-feira, 7 de junho de 2016

Os pequenos e grandes sacrifícios

«Amemo-l’O em verdade,
dando-lhe todos os sacrifícios
grandes e pequenos que Ele nos pedir
e retiremos forças na nossa união com Ele.
A alma que vive sob o olhar de Deus
encontra-se revestida da sua força
e é valente no sofrimento.»

Beata Isabel da Trindade | 1880 - 1906
Carta 308

Ó Jesus, é por Vosso amor

«E o que é que Nossa Senhora nos disse?
“Sacrificai-vos pelos pecadores
e dizei muitas vezes,
em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:
Ó Jesus, é por Vosso amor,
pela conversão dos pecadores
e em reparação pelos pecados cometidos
contra o Imaculado Coração de Maria.”
É que Maria sofreu no Seu Coração de Mãe
toda a ofensa cometida contra Deus,
Jesus Cristo, Seu Filho.»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 – 2005
Como vejo a Mensagem. pg. 51

A oração e o silêncio sãos as muralhas que nos guardam

«Organiza a tua vida:
em oração, retiro e silêncio,
e estas muralhas, guardar-te-ão
contra os inimigos.
Na oração,
no silêncio e retiro,
te encontrarás a sós com Deus.
Se os demónios, usando o mundo como seu aliado,
cercam a fortaleza;
se te atacam com calúnias,
com línguas maldizentes e te combatem,
já sabes até onde chega o mundo.
Se és privada dos santos sacramentos,
humilha-te
e Deus,
que não tem as Suas mãos atadas a estes sinais,
Te abençoará.
Por isso, não te preocupes,
segue inalterável,
serena e em paz
na tua relação com Deus.»

Beato Francisco Palau | 1811 - 1872
Carta 40, 2

Santificar o dia

«Devemos, santificar o nosso trabalho,
o nosso descanso,
o nosso alimento,
as nossas recriações honestas
como se fossem uma permanente oração.
Sabendo nós que Deus está presente,
basta lembrar-nos d’Ele
e de vez em quando
dirigir-Lhe alguma palavra:
quer seja de amor
– Amo-Te, Senhor! –,
quer seja de agradecimento
– Obrigado, Senhor, por todos os Teus benefícios –,
quer seja de súplica
– Senhor, ajuda-me a ser-Te fiel;
[…] Este trato íntimo e familiar com Deus
transforma os nossos trabalhos
e as nossas ocupações diárias
numa verdadeira e permanente vida de oração,
torna-nos mais agradáveis a Deus
e atrai sobre nós graças e bênçãos
de especial predilecção»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 – 2005
Apelos da Mensagem de Fátima 8, 95.

O amor precisa de alimento

«O amor
não pode permanecer ocioso
no coração humano,
age na medida
em que lhe é dado alimento.»

Beato Francisco Palau | 1811 - 1872
Minhas Relações com a Igreja

Todos os dias um passinho

«À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações».
Fala-se aqui de «conversão».
Disse o Papa: ao longo do caminho «não devemos olhar para trás: é uma estrada para ir em frente, rumo ao horizonte, com esperança, coragem e abertos à graça», mas pode acontecer que «um dia progrido, noutro regrido. Isto não ajuda», faz com que permaneçamos «parados no mesmo lugar». 
 Portanto «todos os dias» precisamos da conversão.
Talvez alguém possa dizer: «Padre, para me converter devo fazer penitências, flagelar-me», mas – explicou Francisco – servem «pequenas conversões». «Se conseguires não falar mal dos outros, estás no bom caminho para te tornares santo». Somos chamados a coisas simples: «Tenho vontade de criticar um vizinho, um colega de trabalho?» será útil «morder a língua um pouco», talvez «ela ficará inchada» mas «o vosso espírito será mais santo neste caminho».
O importante é «prosseguir» neste caminho «simples» mas que exige também «força» – «que é um dom do Espírito Santo – para «carregar os sofrimentos».  
De qualquer maneira, eles chegam mais cedo ou mais tarde: «uma doença ou a morte de uma pessoa querida, um problema com os filhos ou com os irmãos, um problema mais grave nos negócios ou no trabalho». 
A referência é sempre Jesus, o qual «prosseguiu e sofreu». 
Assim também para nós «há os pequenos pedaços de cruz», mas há também «a alegria deste caminho» durante o qual, «em todos os momentos» nos encontramos com Jesus.
Portanto, resumiu Francisco: «Coragem, esperança, graça, conversão e força», assim «construimos a santidade de todos os dias, na Igreja: cada dia um passinho em frente neste caminho rumo ao encontro com o Senhor». 

Papa Francisco
Homília na Casa de Santa Marta de 24/05/2016

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Um coração aberto e atento

"Deus Nosso Senhor não precisa que ganhes o euromilhões
Apenas que mantenhas o coração aberto e atento!"

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Um colóquio que se aguarda com impaciência

A oração é "Um colóquio que se aguarda com impaciência, à qual se acode com fome de conhecer melhor a Jesus e de trata-lo.
Uma conversa que se desenvolve com delicadezas de alma enamorada e que se concluí com desejos renovados de viver e trabalhar só para o Senhor"
 
in "Recuerdos de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP
Pág. 279

A prontidão para as pequenas mortificações voluntárias

"(...) a disponibilidade para servir a todos, a enorme capacidade de trabalho e sobretudo, a decisão de estar sempre atento ao que Deus lhe pedia, com a oração e a mortificação; nunca reduzia a mortificação que é outro modo de rezar.
Além da prontidão com que cumpria o próprio dever, inclusive nos dias de doença e esgotamento físico, vi-o praticar pequenas mortificações voluntárias (...)"


Comentários de D. Javier Echevarria sobre o Beato D. Álvaro del Portillo

in "Recuerdos de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP
Pág. 281

Síntese entre acção e contemplação

"A visão sobrenatural fazia-o trabalhar com sossego e eficácia e acabar as coisas pontualmente.
Refletia a realidade de uma síntese harmoniosa e atrativa entre oração e ação e comprovava-se que a vibração, numa alma contemplativa, de nenhum modo conduz a agitações ou nervosismos, porque, sobre o evidente afinco humano, prevalece o abandono nas mãos de Deus- de Quem tudo se espera"


in "Recuerdos de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP
Pág. 281

Desejos de agradar a Deus

"(...) Que os desejos de agradar-Lhe que albergo no meu coração e que, pela graça divina, procuro renovar muitas vezes em cada dia, sejam chispas acesas no seu Amor, que queimem todas as minhas misérias, que me purifiquem e me incendeiem mais e mais no anelo de unir-me plenamente ao meu Deus e dar-Lhe a conhecer a todas as criaturas"

Oração do Beato Álvaro del Portillo.

in "Recuerdos de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP
Pág. 293

Age quod agis

 

Faze o que fazes. Presta atenção no que fazes; concentra-te no teu trabalho.

Lançar-se nos braços de Jesus

«Se a ovelhinha soubesse
quanto amor arde por ela
no coração do Amante divino
não tornaria difícil a tarefa
àquelas doces mãozinhas de Jesus,
que desejam abraça-la
e lançar-se-ia por si,
nos Seus braços amorosíssimos.»

Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949
Novenas, Pensamentos e Poesias. 27

Presença de Deus durante o dia

«Um modo de recolher facilmente o espírito
durante o tempo da oração
e de o ter em maior repouso
é não o deixar ganhar asas durante o dia.
É necessário mantê-lo rigorosamente
na presença de Deus:
e estando habituada a vos lembrar Dele
de tempos a tempos,
será mais fácil permanecer tranquila
durante as vossas orações,
ou pelo menos chamar o espírito
dos seus devaneios.»


Beato Francisco Palau | 1811 – 1872
Carta07. A uma religiosa. Sem data.

Holocausto nas pequenas coisas

«Está atenta às pequenas coisas:
tudo é grande diante do Senhor.
O Senhor não quer rapina no holocausto.
Dá-Lhe tudo.»

Beata Maria de Jesus Crucificado | 1846 - 1878
Elevações espirituais. 56

O tempo para amar é curto

"Tempus breve est": o tempo para amar é curto.
Ao que respondia: "Ecce adsum! Aqui me tens, Senhor"

In Recuerdo de Alvaro del Portillo, Salvador Bernal.
RIALP.
Pág.277

Ut iumentum

"Ut iumentum, sempre in laetitia, como burritos, mas sempre com alegria; ainda que nos dêem pauladas.
Que pode acontecer !?
Nós, sempre adiante, sempre com alegria".
 
Beato Álvaro del Portillo.
 
In "Recuerdo de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP. pág. 286.

Ser santo é dizer sempre "sim"

«Ser santa não é ser indolente,
é saber dar-se, entregar-se,
dizer sempre «Sim!» a tudo
o que o Senhor quiser,
com amor, com alegria
e generosidade.
Isto é viver a luz de Deus
que habita em mim,
viver na luz,
viver da luz
e viver para a luz!
Ser receptáculo da Luz Divina,
dessa Luz que é Deus,
que mora em mim
e me absorve em Si, -
Sou assim uma pequena centelha de Luz Imensa
que é Deus!
Amo-Te Senhor,
porque Tu és Amor!»

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus | 1907 – 2005
O Meu Caminho, Vol. II, p.381

Comungai com fome

"Comungai com fome, todos os dias, ainda que não tenhais vontade, ainda que estejais gelados.
Dizei-lhe que quereis manifestar-lhe o vosso amor e a vossa fé, porque Cristo está realmente presente na Hóstia, com o seu Corpo, com o seu Sangue, com a sua Divindade
Confiai a Jesus que O amamos de verdade, que Lhe agradecemos que tenha ficado; dizei-O com o vosso coração de gente jovem, cheio de ilusão, cheio de amor".
 
S. José Maria Maria Escrivá citado pelo Beato Álvaro del Portillo
 
In "Recuerdo de Alvaro del Portillo". Salvador Bernal. RIALP. Pág. 296
 

Levar a cruz no coração

«Vai sempre para a frente
levando a tua bandeira,
levando a cruz no teu coração.
E tem sempre pronta a tua arma:
a oração.
Só assim, minha filha,
podes e deves combater e vencer
na disciplina e na ordem;
podes e deves obedecer
até ao sacrifício;
podes e deves praticar a caridade
interna e externa
com generosidade e heroísmo.
Para a frente, sempre, no nome santo de Deus!»

Beata Maria Josefina de Jesus Crucificado | 1894 - 1948
Escritos Vários. Pág. 8

As pequenas flores e os pequenos cânticos de cada dia

«Não tenho outro meio de Te provar o meu amor,
senão o de lançar flores,
isto é,
não deixar escapar nenhum pequeno sacrifício,
nenhum olhar,
nenhuma palavra;
aproveitar todas as mais pequenas coisas
e fazê-las por amor[...]
Jesus,
para que Te servirão as minhas flores
e os meus cânticos?
Ah! bem sei,
esta chuva perfumada,
estas pétalas frágeis e sem nenhum valor,
estes cânticos de amor
do mais pequeno dos corações,
encantar-Te-ão.»


«Sim,
estes nadas alegrar-Te-ão,
e farão sorrir a Igreja triunfante.
Ela recolherá
as minhas flores desfolhadas por amor
e, fazendo-as passar pelas tuas divinas mãos, ó Jesus,
a Igreja do Céu,
querendo brincar com a sua filhinha,
lançará também ela essas flores,
que adquiriram pelo Teu toque divino um valor infinito,
lançá-las-á sobre a Igreja padecente para lhe extinguir as chamas,
e lançá-las-á sobre a Igreja militante
para a fazer alcançar a vitória!... »

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 - 1897
Manuscrito B. 4vº


«Sim, meu Bem-amado! Assim se consumirá a minha vida...
Não tenho outro meio de Te provar o meu amor,
senão o de lançar flores,
isto é, não deixar escapar nenhum pequeno sacrifício,
nenhum olhar,
nenhuma palavra;
aproveitar todas as mais pequenas coisas
e fazê-las por amor...
Quero sofrer por amor e gozar por amor.
Assim lançarei flores diante do Teu trono.
Não encontrarei nenhuma
sem a desfolhar para Ti...
E depois, ao lançar as minhas flores, cantarei,
(poder-se-ia chorar ao praticar uma ação tão alegre?),
cantarei, mesmo quando tiver de colher as minhas flores
no meio de espinhos;
e o meu cantar será tanto mais melodioso
quanto maiores e mais agudos forem os espinhos.»

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 - 1897
Manuscrito B, 4rº-4vº

Os frutos do sacrifício

«O sacrifício,
abraçado generosamente
e sem retrocesso,
dará à alma
um fruto centuplicado!»

Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949
Cartas III. 9.

Porque em mim confiou, hei-de salvá-lo

Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.

Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela: meu Deus, em Vós confio».
Nenhum mal te acontecerá,

nem a desgraça se aproximará da tua tenda,
porque Ele mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.
Na palma das mãos te levarão,

para que não tropeces em alguma pedra.
Poderás andar sobre víboras e serpentes,
calcar aos pés o leão e o dragão.
Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo;

hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação,
hei-de libertá-lo e dar-lhe glória.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Formam asas como as águias !

Leitura do Livro de Isaías

«A quem Me comparareis que seja semelhante a Mim? – diz o Deus Santo – Erguei os olhos para o alto e olhai. 
Quem criou estas estrelas? 
Aquele que as conta e as faz marchar como um exército e as chama a todas pelos seus nomes. Tal é a sua força e tão grande é o seu poder, que nenhuma falta à chamada. 
Jacob, porque dizes; Israel, porque afirmas: ‘O meu destino está oculto ao Senhor e a minha causa passa despercebida ao meu Deus’? 
Não o sabes, não o ouvistes dizer? 
O Senhor é um Deus eterno, criador da terra até aos seus confins. Ele não Se cansa nem Se fatiga e a sua inteligência é insondável. Dá força ao que anda exausto e vigor ao que anda enfraquecido. 
Os jovens cansam-se e fatigam-se e os adultos tropeçam e vacilam. Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, formam asas como as águias. 
Correm sem se fatigarem, caminham sem se cansarem». 

Senhor vem com a tua Misericórdia

"Estas investidas do amor próprio, que alienam a misericórdia do mundo, são tais e tantas que frequentemente nem sequer somos capazes de as reconhecer como limite e como pecado. Este é o motivo pelo qual é preciso reconhecer que somos pecadores para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina. 
E ensinou aos fiéis uma “oração fácil”, ao reconhecer diariamente nossa condição de pecadores, devemos implorar a Deus: “Senhor, vem com a tua misericórdia”.

Audiência 9-XI-2015
Papa Francisco

Pôr em prática a misericórdia nas circunstâncias comuns

Animando-nos a zelar por nossos maridos, esposas e filhos, o Papa afirmou que o matrimonio é como uma planta, um planta que está viva e que precisamos cuidar todos os dias. Igualmente, a vida de um casal jamais deve ser dada por ‘óbvia’, em nenhuma fase... e convidou a recordar que o dom mais precioso para os filhos não são as coisas, mas o amor dos pais, o amor entre eles em sua relação conjugal – o que faz bem tanto a eles mesmos como a seus filhos.

Antes de despedir-se, o Papa Francisco convidou a termos a misericórdia como meta nas relações entre os cônjuges, entre os pais e os filhos e entre os filhos e os irmãos, sem descuidarmos dos avós. 
Porque como explicou, é preciso viver o Jubileu na Igreja doméstica e não só nos grandes eventos, tendo em conta que o Senhor ama quem põe em prática a misericórdia nas circunstâncias comuns.
Concluindo, disse que seu desejo é que experimentemos a alegria da misericórdia, começando por nossas famílias, e pediu que a levássemos a todos os nossos parentes, amigos, idosos e enfermos.

Audiência 21-XI-2015
Papa Francisco

Abandonar a nossa pretensão de autonomia

Ao se dirigir aos peregrinos, Francisco refletiu sobre a devoção ao Menino Jesus, o protagonista do presépio nesses dias natalinos. "Muitos santos e santas cultivaram essa devoção, como por exemplo Santa Teresa de Lisieux, que como monja carmelita escolheu o nome de Teresa do Menino Jesus. 
Ela soube viver aquela “infância espiritual” que se assimila justamente meditando a humildade de Deus que se fez pequeno por nós.

Diante de Jesus somos chamados a abandonar a nossa pretensão de autonomia - este é o nó da questão -, para acolher ao invés a verdadeira forma de liberdade, que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-lo: é o Filho de Deus. Ele veio para nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia. Coloquemo-nos a seu serviço”, exortou o Papa.

Audiência Geral 30-XII-2015
Papa Francisco

Temos de abrir a porta a Jesus

É o mistério do mal que insidia também a nossa vida e que requer da nossa parte vigilância e atenção a fim de que não prevaleça”.
O Papa citou depois o Livro do Génesis que nos recorda que “o mal está sempre acocorado à frente da nossa porta” e “ai de nós – disse Francisco – se o deixarmos entrar; seria ele então a fechar nossa porta aos outros. Somos, pelo contrário, chamados a abrir, de par em par, a porta do nosso coração à Palavra de Deus, a Jesus, tornando-nos assim seus filhos”
Se acolhermos Jesus – continuou o Papa – “cresceremos no conhecimento e no amor do Senhor, aprenderemos a ser misericordiosos como Ele”.
E o Papa exortou a fazermos  com que – especialmente neste Ano Santo da Misericórdia – “o Evangelho se torne cada vez mais carne também na nossa vida”. “Aproximar-se do Evangelho, meditá-lo e incarná-lo na nossa vida quotidiana é o melhor modo para conhecermos Jesus e levá-Lo aos outros “ – disse o Papa recordando que esta é a vocação de cada baptizado:
“Esta é a vocação e a alegria de cada baptizado: indicar e dar aos outros Jesus; mas para fazer isto devemos conhecê-Lo e tê-Lo dentre de nós, como Senhor da nossa vida. E ele nos defende do mal, do diabo que está sempre acocorado ao pé da nossa porta, à frente do nosso coração e quer entrar.”  

Papa Francisco
Angelus 3-1-2016

Propostas para o ano do Jubileu


Renunciar à impiedade

Tito 2,11-14.3,4-7.
Caríssimo: Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens.
Ela nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos, para vivermos, no tempo presente, com temperança, justiça e piedade,
aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo,
que Se entregou por nós, para nos resgatar de toda a iniquidade e preparar para Si mesmo um povo purificado, zeloso das boas obras.
Mas, quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens,
Ele salvou-nos, não pelas obras justas que praticámos, mas em virtude da sua misericórdia, pelo batismo da regeneração e renovação do Espírito Santo.
Deus derramou abundantemente o Espírito sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador,
para que, justificados pela sua graça, nos tornássemos, em esperança, herdeiros da vida eterna.

A entrega a Deus vence obstáculos

"Se nos entregarmos ao Senhor, podemos vencer todos os obstáculos que encontramos no caminho".

Papa Francisco, pontifex, Twitter 
12/1/2016 

Etiquetas

Arquivo do blogue