terça-feira, 31 de maio de 2011

A importância da caridade na linguagem usada

Neste excerto do evangelho de S.Mateus 12, 34-37 que, depois, mais tarde, é retomado também nas epístolas, Jesus Cristo chama à atenção para a importância da caridade e da mortificação no uso da língua e que só uma moderação interior permite, depois, que haja também uma moderação de linguagem:





"(...) Porque a boca fala da abundância do coração. O homem bom tira boas coisas do seu tesouro, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro.


Ora, Eu digo-vos que, de qualquer palavra inútil que tiverem proferido os homens, darão conta dela no dia do juízo.


Porque pelas suas palavras será justificado ou condenado."




E também, mais adiante no Evangelho de S.Mateus 15,11, diz Jesus

Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que saí da boca, isso é que torna impuro o homem



Estas palavras de Jesus Cristo são muito duras porque dizem-nos que qualquer má palavra, comentário, crítica ou reacção negativa que nada tenha trazido de útil para Deus ou o próximo será objecto de julgamento no Juízo particular de cada homem.



Por isso, não devemos descuidar a mortificação da língua como se isso fosse algo de menos importância ou que, de vez enquanto, se possa ceder numa crítica, murmuração, maledicência, num comentário deprimente ou verrinoso.




Nada dessas palavras são inocentes, nem o seu efeito em nós e nos outros é inócuo.








Outro aspecto que se pode salientar aqui é o facto de Jesus Cristo ter dito que é do nosso coração que saí tudo de bom e de mau.




Por isso, para viver a caridade há que, primeiro, cuidar os sentimentos e os anseios do coração. E, por isso também, Jesus Cristo, numa outra ocasião refere que o Reino de Deus estará onde está o nosso coração.




Quais são as nossas aspirações ? Que anseios queremos satisfazer ?




Cruz no coração. Coração mortificado. Coração purificado.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O acesso à Graça de Deus

Para se ter acesso e beneficiar da Graça de Deus, entrando, por isso, no seu Reino, haverá que ser humildade e "pequenino"




Como diz o próprio Jesus Cristo




"(...) porque ocultaste estas coisas aos Sábios (isto é, àqueles que pensam que sabem tudo, que pensam que são auto-suficientes e que, por isso, não precisam de Deus para nada) e aos prudentes (isto é, àqueles que actuam com calculismo, com segundas intenções e com excessivo receio de se darem aos outros) e as revelaste aos pequeninos (...)" S.Mateus 11, 25-26.




Esta atitude de ser "pequenino" pode ser atestada, em particular, nos comportamentos do Centurião que pede a cura do servo, a hemorroíssa.


Estes são comportamentos de quem se sente indigno, pequeno, ao ponto de não querer que o Mestre se desloque a sua casa para não o importunar, pequeno, ao ponto de considerar que bastaria tocar no manto do Senhor para se curar, pequeno, porque em ambas as situações há um acreditar, sem hesitações, acompanhado de uma esperança que é mais do que uma esperança, é uma certeza de cura.



Fé, infância espiritual e humildade andam, pois, de mãos dadas.


Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A cana ao vento e os esforçados

Quando em S.Mateus, capítulo 11, versículos 7 a 15, Jesus Cristo se refere a S.João Baptista diz duas coisas muito importantes:

1º) Que S.João Baptista não é uma "cana agitada pelo vento", isto é, alguém que não é livre porque se deixa condicionar pelos estímulos do mundo, a concupiscência da carne, a soberba de vida e a concupiscência dos olhos, isto é, os pecados capitais.

Em cada dia não podemos ser como a "cana agitada pelo vento", como filhos de Deus temos que ser os donos do nosso tempo, adiando afazeres ou lazeres que, naquele momento, não sejam prioritários em face do que Deus nos pede.

2º) Que Que "o reino dos céus sofre uma forte oposição, e são os esforçados (em algumas traduções, refere-se "os violentos") que o conquistam" MT7,12
Sem um verdadeiro esforço não se avança e seremos, também, outra "cana agitada ao vento.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Oração da grávida a Deus

CONSAGRAÇÃO

Senhor, meu Deus, creio no vosso amor de Pai, Criador e Redentor!
Creio que Vós nos criastes e formastes com amor desde seio materno,
concedendo-nos o dom de gerar outras vidas para serem vossos filhos!
Creio que, apesar de sermos pecadores, nos amastes e buscastes para nos salvar, dando-nos o vosso Filho Único que nos remiu com o seu Sangue, derramado na Cruz!
E porque creio, confio em Vós, meu Pai, meu Criador e Redentor, e vos desejo confiar esta vida que estou a gerar no meu seio, sob o influxo da vossa acção criadora. Quero consagrá-la e confiá-la ao vosso amor de Pai, pelas Mãos de Maria Santíssima!
A seu exemplo, eu …………. (nome da mãe) entrego este filho para que o protejais, defendais e me ajudeis a amá-lo perfeitamente, para que ele se possa formar e crescer em estatura e graça, como vosso Filho Jesus!
Maria, minha Mãe do Céu, Vós que gerastes e destes à luz, pela acção do Espírito Santo, vosso Filho, Jesus Cristo, velai pelo meu como se fosse vosso e ensinai-me a amá-lo como vós amastes o filho de Deus. Ensinai-me a aceitar em tudo a vontade do Pai, agora na terra como no Céu, e a confiar no seu poder Misericordioso. Amén!

Quero Misericórdia e não sacrifício

A propósito da citação que Jesus Cristo faz de Oseias 6,6 "Quero Misericórdia e não sacríficio", em Mateus 9, 13, encontrei aqui isto:


Mefibosete, aleijado de ambos os pés, filho de Jônatas, remanescente da casa de Saul. Morava em Lo-Debar, que quer dizer terra sem pasto, e sua vida era de sofrimento até o momento em que foi chamado à presença do rei Davi. Isto aconteceu porque ao lembrar-se de sua aliança com seu amigo Jônatas, o rei Davi quis usar de misericórdia com aquele descendente que sobrara da linhagem de Saul. Sendo assim, segundo as ordens de Davi, foram restituídas as terras de Saul a Mefibosete e este passou a comer na mesa do rei como se fosse um dos filhos do rei.

Essa passagem descrita em 2 Samuel 9, diz no versículo 8 que Mefibosete não se sentia digno de tamanha bondade que lhe oferecera Davi, pois se considerava como um cão morto.

Muito parecido é o que Deus faz em nossas vidas. Ele tira-nos de uma terra árida e nos coloca para banquetearmos com Ele em Sua presença, mesmo nós não merecendo. Isso se chama misericórdia.

Misericórdia pode ser entendida como compaixão, bondade ou perdão.

A misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas de várias formas (...) quando nossos pecados são lançados no mar do esquecimento porque fomos perdoados. Recebemos misericórdia de Deus imerecidamente.

Deus requer também de nós misericórdia, que nesse caso pode ser entendida como obediência e um coração quebrantado e verdadeiro diante de Deus.

Sacrifícios eram feitos perante Deus para a remissão de pecados, mas eles nunca acabavam porque os pecados nunca deixavam de ser cometidos. Sacrifício quer dizer oferecer algo valioso a Deus, e por isso se tornava aceitável diante d’Ele. Mas ainda sim Deus diz em Oséias 6:6 “Misericórdia quero, e não sacrifício”. Ou seja, Deus prefere a misericórdia. Isso porque o sacrifício nem sempre era de todo coração e verdadeiro. E Deus ama a verdade.

A partir do momento em que o maior sacrifício foi feito por Jesus em favor da remissão de nossos pecados, não foi mais preciso nenhum sacrifício. Se para a remissão de pecados do povo de Israel era necessário que o sumo sacerdote entrasse a oferecer sacrifícios uma vez ao ano, com o sacrifício vivo de Jesus isso já se tornou aceitável diante de Deus somente uma vez. Ou seja, não há mais sacrifícios a serem feitos. Que coisa maravilhosa!

O sacrifício que Deus quer de nós hoje é simplesmente sacrifícios de louvor e o negar-se a si mesmo, ou seja, a própria carne.

Esse sacrifício não pode ser entendido como um sofrimento ou um peso porque Deus não nos dá nada a mais que não possamos suportar: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).

domingo, 22 de maio de 2011

Regina Coeli




V.: Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia!
R.: Porque quem merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!
V. :Ressuscitou como disse! Aleluia!
R.: Rogai a Deus por nós! Aleluia!
V.: Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem Maria! Aleluia!
R.: Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia.
Conclui-se com a seguinte oração:

V.: Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a
Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso,
concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria,
alcancemos as alegrias da vida eterna.
Por Cristo, Senhor Nosso.
R.: Amém!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Falem mais para os olhos, do que para os ouvidos

"Falem mais para os olhos, do que para os ouvidos"

Beata Madre Clara do Menino Jesus

A virtude humana da pontualidade


A pontualidade é uma forma de mostrar respeito e consideração com o próximo, infelizmente, um hábito não muito comum entre a maioria das pessoas.
A pontualidade é uma virtude de pessoas civilizadas. Ser pontual não é se precipitar, chegando com muito tempo de antecedência no compromisso ou local combinado. Ser pontual é chegar, pelo menos, 15 minutos antes do horário estabelecido.
Por que é necessário estes 15 minutos? Para que você possa relaxar, respirar tranqüilo, olhar-se no espelho e certificar-se sobre a sua aparência pessoal para entrar em cena seguro e confiante

A pontualidade pode ser obtida com controle, auto-disciplina e algumas precauções contra possíveis incidentes com transporte, trânsito, mau tempo etc. É ideal sair de casa sempre com algum tempo de antecedência para, assim, evitar imprevistos.

Ser pontual não é só chegar na empresa no horário habitual. Existe também uma pontualidade no desempenho profissional e, acima de tudo, no dever cumprido. A pontualidade neste caso tem um duplo propósito: tanto do horário estabelecido, quanto da tarefa realizada com sucesso e do comprometimento com o trabalho realizado.

Todo e qualquer atraso gera desconforto e irrita quem espera, principalmente quando ocorrido com freqüência. Os atrasos são uma maneira lesar a empresa

O atrasado é por natureza uma pessoa desagradável e inconveniente

A impontualidade ocasionada por um atraso, como também por uma inconveniência de antecipação em relação ao horário estabelecido, geram constrangimento e aborrecimentos, tanto para o atrasado ou adiantado, quanto para quem espera.

É inadmissível a impontualidade quando se tem horário marcado. Cabe todo o esforço possível e imaginável para que ele seja cumprido e realizado à risca.

A impontualidade na vida afetiva cansa, desgasta, chateia, aborrece, magoa e pode distanciar as pessoas.
A impontualidade na vida social tira o respeito e as oportunidades de momentos de descontração e lazer.
A impontualidade profissional tira o respeito, a confiança e a credibilidade, afetando contratos, assim como a carreira, e ocasionando perdas e danos morais e financeiros tanto para o profissional quanto para a própria Instituição.

Lívio Callado

Fonte: A IMPORTÂNCIA DE SER PONTUAL – Etiqueta Empresarial - Jornal Carreira e Sucesso

O poder da oração

"Pedi, e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-à. Porque todo aquele que pede, recebe, e quem busca, encontra; e a quem, bate, abrir-se-á.


Qual de vós dará uma pedra a seu filho, quando este lhe pede pão ?


Ou se lhe pedir um peixe dar-lhe-à uma serprente ?


Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará coisas boas aos que lhas pedirem"

S.Mateus 7, 7-11

Quem prega mas não pratica acaba no Inferno

Jesus Cristo, de vários modos e em diferentes ocasiões, deixou bem saliente o facto de querer uma religião de obras e não uma religião exclusivamente de beatices e actos formais de adoração:


Em S.Mateus capítulo 5, versículo 23, diz "Portanto se estás para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares ali que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão, e depois vem fazer a tua oferta".


No mesmo S.Mateus, capítulo 21 a 23, Jesus Cristo vai ainda mais longe e diz que quem, ao longo da vida, andou a dizer "Senhor, Senhor", mas, depois, na vida prática do dia a dia, não cumpriu a Vontade do Pai, irá para o inferno e Deus inclusive dirá "Nunca vos conheci".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fazer de cada momento, um momento de eternidade

"Nada do que não é eterno terá valor na eternidade"
C.S.Lewis

Gratidão como resposta ao Amor de Deus

Por tudo o que Deus fez e faz por nós, há que, de forma contínua, agradecer-Lhe.

"A gratidão é o amor reconhecido"

Ponto 59, início Youcat

Jesus dá o exemplo da coerência de vida

"Que o discurso do Amor divino não consiste em palavras vazias demonstra-lo Jesus na cruz, onde Ele entrega a Sua Vida pelos Seus amigos"

Youcat ponto 33, parte final

"Não basta dizer que sim com a cabeça. Os cristão têm de assumir o estilo de vida de Jesus"

Youcat ponto 34, parte final

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Amaí-vos uns aos outros

João, o discípulo amado, autor do último Evangelho, viveu muitos anos no exílio na Ilha de Patmos. Já muito velhinho, a sua casa era uma caverna nas montanhas.

Aos domingos vinham-no buscar e levavam-no em braços até à aldeia para ele pregar na missa dominical.

Para espanto de todos, o seu sermão era sempre o mesmo: «Meus filhos, amai-vos uns aos outros.»

Muitas pessoas se lamentavam de que o pastor fazia sempre o mesmo sermão, mas quando o pregador é São João, o que é que se há-de fazer?

Até que alguém se encheu de coragem, foi ter com São João e perguntou-lhe porque é que ele fazia sempre o mesmo sermão.

Ele respondeu que pregava sempre essa mensagem do novo mandamento, porque Jesus a repetia constantemente enquanto estava com eles.

Homilia do Cardeal Sean O`Malley -13 de Agosto de 2007

Carta Encíclica sobre o Santo Rosários e os seus mistérios

http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_08091893_laetitiae-sanctae_po.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A 3ª Tentação de Cristo

Em S.Mateus 4, 8-11, dá-se início à 3ª tentação de Cristo.

Desta vez, o Demónio leva Jesus quase ao Céu. Não O leva ao Céu porque o Demónio a ele não tem acesso, mas leva-o "a um monte muito alto". Portanto, muito alto, quase perto do Céu, mas não é o Céu.
E aí, mostra-lhe todas as maravilhas e atracções da terra que, de facto, são, por vezes, muito apelativas, quase irresistíveis.

E, perante este panorama, como resistir a esse "pequeno céu" que o Demónio nos oferece na terra ?

1º Com a consciência que esse céu é, de facto, pequeno e enganador.
Enquanto que o Céu de Deus se obtém pela dádiva mútua, o "céu da terra" que o Demónio nos oferece e com que nos alicia nas tentações dura pouco, sabe a pouco e, no fim, tem sempre uma factura, um preço a pagar (o homem que traí a esposa por outra mais atraente, acaba em divórcio com sofrimento para ele e os filhos, o homem que burla e recebe dinheiro que não é seu, acaba perseguido pela justiça e por aí adiante).

2º Com a Fé que Cristo manifesta ao proclamar que "Ao Senhor teu Deus adorarás e a Ele só servirás"- Palavras do Antigo Testamento associadas ao 1º mandamento.

No mundo, dizer e preferir a Deus 1º que às coisas mundanas, por vezes, soa a loucura e até a pouca inteligência: trocar algo imediato e bom por algo que é futuro e longínquo ou até, para alguns, incerto.
Também Noé foi apelidado de louco por, em vez de gozar a vida, gastar o seu tempo a construir uma barca gigante.
Os Judeus tinham, por um lado, a noção de que poderiam ser tentados a não adorar e a não servir a Deus e, por isso, recitavam várias vezes ao dia, por devoção, o enunciado do 1º mandamento.

Pedir a Deus que nos livre das tentações, é, pois, também, pedir-lhe a Fé

A revelação como sinal do Amor de Deus

"Tal como no amor humano só se pode conhecer algo de uma pessoa amada quando ela nos abre o seu coração, também só conhecemos os mais íntimos pensamentos de Deus porque Ele, eterno e misterioso, Se abriu a nós por amor.




(...) Em Jesus, Ele verteu-nos o coração e tornou-nos claro o Seu Ser mais intímo"

Youcat ponto 7


"Através de Jesus Cristo (...) Ele torna-se como nós. Isto mostra-nos até que ponto vai o amor de Deus:


- Ele carrega todo o nosso peso.


- Ele percorre connosco todos os caminhos.


- Ele vive a nossa solidão, o nosso sofrimento, o nosso medo da morte.


Ele apresenta-se onde não podemos avançar, para nos abrir a porta para a Vida"


Youcat Ponto 9



Temos de Amar a Deus para O conhecer

"Temos de conhecer as pessoas e as coisas humanas para as amar.

Temos de amar Deus e as coisas divinas para as conhecer".

Blaise Pascal

A pérola preciosa

"(...) a mensagem do Evangelho como uma «pérola preciosa» (Mt 13,46), pela qual se tem de dar tudo"

Bento XVI
Preâmbulo do Catecismo para Jovens YouCat
Página 9. Edição Paulus.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A 2ª tentação de Jesus Cristo

A 2ª tentação de Jesus Cristo apresentada pelo Demónio passa por colocar-se em ocasião de tentação do próprio Deus argumentando que nenhum problema daí advíria porque Deus O salvaria (A.Mateus, capítulo IV, 5).




Esta 2ª tentação diz, pois, respeito "ao colocar-se em ocasião de" e logo aqui isto já em si mesmo implica um pecado, ainda que venial, o perder o tempo ou omitir factos que nos aproximam de Deus faz com que, progressivamente, nos afastemos dEle, até que, por motivos de tibieza ou circunstância, nos encontremos face a face com o inimigo e com um ou mais do que um dos flancos desguarnecido.
Por esso motivo, Jesus, no Pai Nosso, ensina-nos a rezar o "Não nos deixeis cair em tentação".



A resposta de Cristo é clara "Não tentarás o Senhor teu Deus" . Não cumprir a vontade de Deus é tentar a Deus, é querer pô-lo à prova.


Pode ser que seja o próprio Deus a permitir a tentação para que, superando-a, possamos tornar mais forte a nossa vontade e a nossa proximidade ascética dEle, tornando mais presente o seu Reino de Deus em nós.




Mas se seguirmos o guião que temos traçado para o nosso dia-a-dia, cumprindo a Vontade de Deus, o normal é que não surjam tentações ou, se surgirem, têm pouca expressão ou são liminarmente anuladas.




Cumprir a Vontade de Deus faz com que o próprio Deus não tenha "que perder tempo connosco", impelindo-nos à contrição e ao recomeço. Assim como o pai da parábola não teve que perder tempo, nem parte dos seus bens com o filho que se manteve fiel em sua casa, ao contrário do que aconteceu com o filho pródigo.




Enquanto que, na 1ª tentação, é destacada, pela positiva, a importância da primazia do cumprimento da Vontade de Deus, nesta 2ª tentação, é destacada, pela negativa, que o afastamento dessa Vontade tenta o próprio Deus e Faz-Lhe perder tempo connosco que não era suposto perder-se.




Manter-se firme no seu posto de combate, sem dar preocupações ao Pai, é a forma de evitar este 2º género de tentações.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A 1ª tentação de Jesus Cristo

Jesus Cristo aceitou ser tentado para que, também nós, independentemente da natureza e género das tentações de que possamos ser vítima, as saibamos vencer.




Desde logo, porém, convém salientar que as tentações foram antecedidas por 40 dias de jejum.




Como um cavaleiro se prepara para a batalha, treinando-se nas lides das armas e pensando na melhor estratégia de ataque, quem aceita sujeitar-se às tentações do dia a dia, tem de estar preparado e o jejum surge aqui como uma preparação.




Jejum e oração, dados de uma penitência que torna o combatente mais leve e, portanto, menos condicionado pelos pesos, mais ágil, focalizado e determinado.






O capítulo IV do Evangelho segundo S.Mateus descreve-nos 3 tipos de tentações:




1º) "As pedras convertidas em pães mais importantes do que a Palavra e a Vontade de Deus"




Com o nosso trabalho e no nosso viver terreno, convertemos as pedras em pães, mas esses pães são menos importantes do que ouvir e cumprir a Palavra de Deus.




Porque esse ouvir e cumprir a Palavra de Deus é fonte de vida.


O pão é importante porque permite ao homem viver, mas é um acessório de vida, não é o principal da vida.




Quem se afasta de ouvir e acolher "a palavra que sai da boca de Deus", acaba por morrer.




Daqui resulta uma fórmula de vitória das tentações:




Jejum + Oração + Acolher, em 1º lugar, a palavra de Deus = Viver a verdadeira Vida




E quando, os afazeres terrenos, quando o trabalho de transformar as pedras em pães, se parece sobrepôr como algo mais importante, lembremos esta frase de Cristo "Nem só de pão vive o homem"

Quem procura o essencial, depois, encontra e faz melhor o que é acessório.
"Procurai primeiro as coisas do Alto que tudo o demais vos será dado por acréscimo"

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Terço

"(...) essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor"



S.José Maria Escrivá de Balaguer
Cristo que Passa, nº 142

Jesus é Emanuel

Jesus é Emanuel: Deus connosco.

Está connosco nas horas das alegrias, das tristezas, do sucesso, do fracasso, da saúde e da doença.

Mas está também connosco nas horas de lazer, de sono, de actividade profissional e de convivio familiar e, por fim, na hora da tentação.

Connosco, na palavra, nos sacramentos, na oração!

Senhor, fica comigo !

A castidade com Eros

O ‘eros’ sem ‘ágape’ – explicou – é um amor romântico, mas comumente passional, até violento. Um amor de conquista, que reduz fatalmente o outro a objeto do próprio prazer e ignora toda dimensão de sacrifício, de fidelidade e de doação de si.”

O ‘ágape’ sem ‘eros’, em contrapartida, é um “amor frio, um amar parcial, sem a participação do ser inteiro, mais por imposição da vontade do que por ímpeto íntimo do coração”, em que “os atos de amor voltados para Deus parecem aqueles de namorados desinspirados, que escrevem à amada cartas copiadas de modelos prontos”.

“Se o amor mundano é um corpo sem alma, o amor religioso praticado assim é uma alma sem corpo”, afirmou. “O ser humano não é um anjo, um espírito puro; é alma e corpo substancialmente unidos: tudo o que ele faz, amar inclusive, tem que refletir essa estrutura.”

“Se o componente humano ligado ao tempo e à corporeidade é sistematicamente negado ou reprimido, a saída será dúplice: ou seguir adiante aos arrastos, por senso de dever, por defesa da própria imagem, ou ir atrás de compensações mais ou menos lícitas, chegando até os dolorosíssimos casos que estão afligindo atualmente a Igreja.”

“No fundo de muitos desvios morais de almas consagradas, não é possível ignorá-lo: há uma concepção distorcida e retorcida do amor”, advertiu.

Por isso – acrescentou – a redenção do ‘eros’ “ajuda acima de tudo os enamorados humanos e os esposos cristãos, mostrando a beleza e a dignidade do amor que os une. Ajuda os jovens a experimentar o fascínio do outro sexo não como coisa turva, a ser vivida às costas de Deus, mas, ao contrário, como um dom do Criador para a sua alegria, desde que vivido na ordem querida por Ele”.

Mas também ajuda os consagrados, homens e mulheres, para evitar esse “amor frio, que não desce da mente para o coração. Um sol de inverno, que ilumina, mas não aquece”.

A chave – explicou – é o apaixonar-se pessoal por Cristo. “A beleza e a plenitude da vida consagrada depende da qualidade do nosso amor por Cristo. É só o que pode nos defender dos altos e baixos do coração. Jesus é o homem perfeito; nele se encontram, em grau infinitamente superior, todas aquelas qualidades e atenções que um homem procura numa mulher e uma mulher no homem”.

O amor dele não nos elimina necessariamente a sedução das criaturas e, em particular, a atração do outro sexo (ela faz parte da nossa natureza, que Ele criou e não quer destruir). Mas nos dá a força para vencer essas atrações com uma atração mais forte. ‘Casto’, escreve São João Clímaco, ‘é quem afasta o eros com o Eros’”, disse Cantalamessa.

Padre Raniero Cantalamessa

Fonte: Zénit

O poder da Graça Santificante em momentos de aridez

A água que está nas nuvens do céu quando caí para a terra e, mais tarde volta a evaporar, nunca é a mesma; fica sempre diferente.

Assim também a acção do Espírito Santo e da Graça Santificante, nunca deixa indiferente a alma que os recebe, por mais árida e insensível que essa alma possa estar.

O Espírito Santo e a Graça Santificante proveniente dos sacramentos actam por si mesmo

Cumpro e minto

Que feio é quando um cristão que tem uma lista de actos de piedade que procura cumprir, na realidade, age com um beato inconsequente quando, depois, esses actos não se traduzem em fidelidade e caridade.

Que feio é cumprir ou fingir que se cumprem esses actos de caridade (oração, missa, terço, etc..) e depois se mente porque não se foi dócil, não se foi sincero, não se agiu de coração aberto.

Que mal se faz à Igreja um cristão beato que não é consequente !

Pérolas a porcos

S.Mateus 7,6:


"Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as calquem com os seus pés, e que, voltando-se contra vós, vos despedacem"


Verdadeiramente se aplica aquela expressão do dar "Pérolas a porcos" em relação aquele que:
- falta à Santa Missa propositadamente, não se dando conta da sua extrema importância e da sua necessidade.
- não cuida a vivência da Santa Missa,
- não cuida a pontualidade no início da Santa Missa,
- não cuida a responsabilidade e o dom que é receber N. Sr. Jesus Cristo Sacramentado e
- ainda para mais, depois de comungar, caí e comete pecado mortal.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Maria e João Paulo II: May Feelings IV

Jesus Cristo liberta-nos de nós próprios

"Cristo venceu o mundo, não porque o tenha derrotado, mas porque o mundo não O venceu a Ele" e o mesmo se pede de nós, que, no dia a dia, não nos deixemos vencer pelo mundo.


"Cristo, salva-nos de nós próprios (...) porque somos infelizes quando realizamos a nossa própria vontade"

Pe Gonçalo Porto Carrero de Almada
Entrevista na Rádio Renascença
Abril de 2011

Nós e Maria

Olhai: para a nossa Mãe, Santa Maria, jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho até ao Reino dos Céus, que será dado aos que se tornam meninos. De Nossa Senhora nunca nos devemos afastar.
Como a honraremos?
Tendo intimidade com Ela, falando com Ela, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no nosso coração os episódios da sua vida na terra, contando-lhes as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos
.
S.José Maria Escrivá de Balaguer
Amigos de Deus, nn. 289–290

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vigiai, para não caírdes em tentação

A virtude da prudência é de extrema importância para o Cristão.

"Vigiai", como as Virgens prudentes.
Vigiai no cumprimento do horário
Vigiai em não perder tempo com distrações inúteis e potencialmente perigosas
Vigiai na forma como se usa ou não a língua
Vigiai na forma como se come ou não se come
Vigiai na forma como se aproveita e rentabiliza o tempo de trabalho
Vigiai na forma como procuramos descansar
Vigiai em manter o fogo da oração, do Amor de Deus e da Presença de Deus acesos
Vigiai na forma como se domina a vontade e o corpo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pureza de pensamentos e de coração

Quando o nono mandamento proíbe os “pensamentos impuros” não se está a referir às imagens, ou ao pensamento em si, mas ao movimento da vontade que aceita o deleite desordenado que certa imagem (interna ou externa) provoca [2].


Os pecados internos podem dividir-se em:


- “Maus pensamentos” (complacência morosa): são a representação imaginária de um acto pecaminoso sem ânimo para o realizar. É pecado mortal se se trata de matéria grave e caso se procure ou se consinta em deleitar-se nela


.- Mau desejo (desiderium): desejo interior e genérico de uma acção pecaminosa da qual a pessoa sente gozo. Não coincide com a intenção de a realizar (que implica sempre um querer eficaz), embora em não poucos casos se fizesse, se não existissem alguns motivos que inibem a pessoa (tais como as consequências da acção, a dificuldade para a realizar, etc.).


- Gozo pecaminoso: é a complacência deliberada numa má acção já realizada por si ou por outros. Renova o pecado na alma.Os pecados internos, em si mesmos, costumam ter menor gravidade que os correspondentes pecados externos, porque o acto externo manifesta voluntariedade mais intensa.


No entanto, são de facto muito perigosos, sobretudo para as pessoas que procuram viver na amizade e intimidade com Deus, já que:


- cometem-se com mais facilidade, pois basta o consentimento da vontade; e as tentações podem ser mais frequentes;


- presta-se-lhes menos atenção, pois às vezes, por ignorância e, outras vezes, por certa cumplicidade com as paixões, não se querem reconhecer como pecados, pelo menos, veniais, se o consentimento foi imperfeito.


Para lutar contra os pecados internos, ajudam-nos:


- a frequência dos sacramentos que nos dão ou aumentam a graça e nos curam as nossas misérias quotidianas;


- a oração, a mortificação e o trabalho, procurando sinceramente Deus;


- a humildade que nos permite reconhecer as nossas misérias sem desesperar face aos nossos erros


– e a confiança em Deus, sabendo que quer sempre perdoar os nossos pecados;


- exercitarmo-nos na sinceridade com Deus, connosco próprios e na direcção espiritual, cuidando com esmero o exame de consciência.


É importante conhecer esta desordem causada em nós pelo pecado original e pelos nossos pecados pessoais, visto que tal conhecimento:


- impulsiona-nos a rezar: só Deus nos perdoa o pecado original, que deu origem à concupiscência, e só com a ajuda divina conseguiremos vencer essa tendência desordenada; a graça de Deus sara a nossa natureza das feridas do pecado, além de a elevar à ordem sobrenatural;


- ensina-nos a amar a Criação, porque saiu boa das mãos de Deus; são os nossos pecados desordenados que provocam o mau uso dos bens criados.


A pureza do olhar não se limita a rejeitar a contemplação de imagens claramente inconvenientes, mas exige a purificação do uso dos nossos sentidos externos, que nos levem a olhar, a contemplar o mundo e as outras pessoas com visão sobrenatural. Trata-se de luta positiva que permite ao homem descobrir a verdadeira beleza de toda a criação, de modo particular, a beleza dos que foram criados à imagem e semelhança de Deus [7].

A arte da oração

«Se o cristianismo – dizia João Paulo II – se há-de distinguir no nosso tempo, sobretudo, pela “arte da oração”, como não sentir uma renovada necessidade de estar longos tempos em conversa espiritual, em adoração silenciosa, em atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência e nela encontrei força, consolo e apoio!»[1].


COM TODA A TUA ALMA

Não há dois tempos de oração iguais. O Espírito Santo, fonte de contínua novidade, toma a iniciativa, atua e espera.

Às vezes espera uma luta a secas, quando parece que não vem nenhuma resposta: nota-se então mais o esforço da vontade, sereno e tenaz, por fazer atos de fé e de amor, por Lhe contar coisas, por aplicar a inteligência e a imaginação à Sagrada Escritura, a textos da liturgia ou de autores espirituais; procurando-O com palavras ou apenas olhando-O.

A atitude de procura é já diálogo que transforma, embora às vezes pareça que não encontra eco.

Outras vezes irrompem ideias ou afetos que dão fluidez aos tempos de oração e ajudam a apercebermo-nos da presença de Deus. Nuns e noutros casos – com afetos, ideias, com vontade, ou sem ela – trata-se de que ponhamos as nossas potências nas mãos do Espírito Santo. Somos seus e Ele disse: Não posso Eu fazer o que quero com o que é meu?[2] Oração mental é (...) meditação que contribui para dar valor sobrenatural à nossa pobre vida humana, à nossa vida corrente e diária.[3].

O importante é a determinação por manter a abertura ao diálogo, sem deixar que essa atitude decaia por rotina ou desalento.

ORAÇÃO E PLENITUDE


A Deus falamos quando oramos, e a Ele ouvimosquando lemos as palavras divinas[8]; «a oração deve acompanhar a leitura da Sagrada Escritura para que se realize o diálogo de Deus com o homem»[9], um diálogo no qual o Pai nos fala do Filho, para que sejamos outros Cristos, o próprio Cristo. Vale a pena mobilizar as nossas potências à hora de rezar com o Evangelho.

(…). Conta-lhe então o que te costuma suceder nestes assuntos, o que se passa contigo, o que te está a acontecer. Mantém-te atento, porque talvez Ele queira indicar-te alguma coisa: surgirão essas moções interiores, o caíres em ti, as admoestações.[10].

Trata-se, em resumo, de rezar sobre a nossa vida para a viver como Deus espera. É muito necessário, especialmente para os que procuram santificar-se no trabalho. Que obras serão as tuas, se não as meditaste na presença do Senhor, para as ordenares? Sem essa conversa com Deus, como poderás acabar com perfeição a actividade do dia? [11]

A oração é o meio privilegiado para amadurecer. É parte imprescindível desse processo pelo qual o centro de gravidade se transfere do amor próprio para o amor a Deus e aos outros por Ele. A personalidade madura tem peso, consistência, continuidade, traços bem definidos que dão um modo, peculiar em cada pessoa, de refletir Cristo.

A pessoa madura é como um piano bem afinado. Não procura a genialidade de emitir sons imprevistos, de surpreender. O surpreendente é que dá a nota certa e o genial é que, graças à sua estabilidade, permite interpretar as melhores melodias; é fiável, responde de modo previsível e, por isso, serve. Atingir essa estabilidade e firmeza que dá a maturidade é todo um desafio.

Contemplar a Humanidade do Senhor é o melhor caminho para a plenitude. Ele ajuda a descobrir e a corrigir as teclas que não respondem bem. Para alguns será uma vontade que resiste a pôr em prática o que Deus espera deles. Outros podem notar que lhes falta calor humano, tão necessário para a convivência e para o apostolado. Alguns, talvez enérgicos, têm tendência, no entanto, para a precipitação e para a desordem, levados pelos sentimentos.

Ao contemplar a realidade a partir do diálogo com Deus, aprende-se também a ler nas pessoas e nos factos, sem o filtro flutuante de uma apreciação exclusivamente sentimental ou de utilidade imediata.

A VERDADEIRA ORAÇÃO

Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim[14]. Assim se lamenta o Senhor na Escritura, porque sabe que cada alma tem que pôr n’Ele o seu coração para atingir a felicidade. Por isso, na oração, a disposição da vontade para encontrar, amar e pôr em prática o querer de Deus, tem uma certa preeminência sobre as outras capacidades da alma: «O aproveitamento da alma não está em pensar muito, mas em amar muito»[15].

Muitas vezes, rezar amando exigirá esforços, frequentemente vividos sem consolos nem frutos aparentes. A oração não é problema de falar ou de sentir, mas de amar.


À hora de falar com Deus, ainda que a cabeça não responda, não se interrompe o diálogo. Inclusivamente quando verificamos que, apesar de uma luta autêntica, há distração e entorpecimento, temos a segurança de ter agradado com os nossos bons desejos a Deus Pai, que olha com amor para os nossos esforços.

ORAÇÃO E OBRAS

E para converter em realidade essas moções recebidas na oração, convém formular frequentemente propósitos.


Se a vontade tem boas disposições, sem medo de complicar a vida, poderemos escutar na oração sugestões divinas, novos horizontes apostólicos e modos criativos de ajudar os outros.

O Senhor, a partir do interior da nossa alma, ajudar-nos-á a compreender os outros, a saber como lhes exigir, como levá-los até Ele; dará luzes à nossa inteligência para ler nas almas; aperfeiçoará os afetos; ajudar-nos-á a amar com um amor mais forte e mais limpo. A nossa vida de apóstolos vale o que valer a nossa oração.

C. Ruiz

--------------------------------------------
[1] João Paulo II, Litt. Enc. Ecclesia de Eucaristia, 17-IV-2004, n. 25.

[2] Mt 20, 15.

[3] São Josemaria, Cristo que passa, n. 119.

[4] Ro 8, 29.

[5] Cfr. Gal 4, 19.

[6] Gal 2, 20.

[7] São Josemaria, Via Sacra, I, 1.

[8] Cfr. Santo Ambrósio, De officiis ministrorum, I, 20, 88.

[9] Conc. Vaticano II, Const. dogm. Dei Verbum, n. 25.

[10] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 253.

[11] São Josemaria, Sulco, n. 448.

[12] Catecismo da Igreja Católica, n. 2603.

[13]São Josemaria, Amigos de Deus, n. 143.

[14] Is 29, 13; cfr. Mt 15, 8.

[15] Santa Teresa de Jesus, Fundações, cap. 5, n. 2.

[16] São Josemaria, Sulco, n. 464.

[17] São Josemaria, Forja, n. 73.

[18] São Josemaria, Caminho, n. 102.

[19] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 243.

[20] Cfr. Santo Ambrósio: Expositio in Psalmum CXVIII, 6, 35.

[21] São Josemaria, Forja, n. 75. [Ir para o topo]

domingo, 1 de maio de 2011

Escancarai as portas a Cristo. Não tenhais medo !

Recomeçar depois de uma falha

Henry Ford, outro visionário que mudou o mundo ao colocar em prática suas ideias sobre a produção em massa e assim revolucionou o setor de transportes, também teve seus fracassos (um deles localizado no meio da nossa floresta amazônica), mas também sabia usá-los como impulso para acertar mais, e é dele a frase que quero destacar neste post:

“Falhar é simplesmente a oportunidade de começar de novo, dessa vez mais inteligentemente” – Henry Ford

Claro que nada disso é desculpa para ser descuidado, agir sem planejar ou mesmo exigir menos de si: a falha é positiva quando ocorre em um processo criativo e é aproveitada como um instrumento de melhoria.

Depois de falhar, portanto, faça um bom diagnóstico, descubra a razão da falha, qual o seu grau de responsabilidade sobre ela, e o que você sabe agora que não sabia antes de ter falhado – e use essa informação para planejar sua próxima experiência, sempre com a intenção de falhar menos.

A falha e o erro se convertem em fracasso quando você para de tentar. Na prática, entretanto, muitas vezes um tropeço evita uma queda muito maior, e as tentativas falhadas oferecem conhecimento que não estaria disponível de outra forma, como bem observou Thomas Edison

Fonte: Efetividade

Etiquetas

Arquivo do blogue