terça-feira, 10 de maio de 2011

A 2ª tentação de Jesus Cristo

A 2ª tentação de Jesus Cristo apresentada pelo Demónio passa por colocar-se em ocasião de tentação do próprio Deus argumentando que nenhum problema daí advíria porque Deus O salvaria (A.Mateus, capítulo IV, 5).




Esta 2ª tentação diz, pois, respeito "ao colocar-se em ocasião de" e logo aqui isto já em si mesmo implica um pecado, ainda que venial, o perder o tempo ou omitir factos que nos aproximam de Deus faz com que, progressivamente, nos afastemos dEle, até que, por motivos de tibieza ou circunstância, nos encontremos face a face com o inimigo e com um ou mais do que um dos flancos desguarnecido.
Por esso motivo, Jesus, no Pai Nosso, ensina-nos a rezar o "Não nos deixeis cair em tentação".



A resposta de Cristo é clara "Não tentarás o Senhor teu Deus" . Não cumprir a vontade de Deus é tentar a Deus, é querer pô-lo à prova.


Pode ser que seja o próprio Deus a permitir a tentação para que, superando-a, possamos tornar mais forte a nossa vontade e a nossa proximidade ascética dEle, tornando mais presente o seu Reino de Deus em nós.




Mas se seguirmos o guião que temos traçado para o nosso dia-a-dia, cumprindo a Vontade de Deus, o normal é que não surjam tentações ou, se surgirem, têm pouca expressão ou são liminarmente anuladas.




Cumprir a Vontade de Deus faz com que o próprio Deus não tenha "que perder tempo connosco", impelindo-nos à contrição e ao recomeço. Assim como o pai da parábola não teve que perder tempo, nem parte dos seus bens com o filho que se manteve fiel em sua casa, ao contrário do que aconteceu com o filho pródigo.




Enquanto que, na 1ª tentação, é destacada, pela positiva, a importância da primazia do cumprimento da Vontade de Deus, nesta 2ª tentação, é destacada, pela negativa, que o afastamento dessa Vontade tenta o próprio Deus e Faz-Lhe perder tempo connosco que não era suposto perder-se.




Manter-se firme no seu posto de combate, sem dar preocupações ao Pai, é a forma de evitar este 2º género de tentações.

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