"(..) não sendo possível ao homem satisfazer pelo pecado, que manchava toda a natureza
humana, deu-lhe Deus um reparador na pessoa de seu Filho.
Ora, isto foi, da
parte de Deus, um gesto de mais generosa misericórdia (isto é, entregar o seu próprio filho, ou seja, uma parte do próprio Deus, para que os filhos menores pudessem ser salvos) do que se ele houvesse
perdoado os pecados sem exigir qualquer satisfação. Por isso está escrito:
'Deus, que é rico em misericórdia, movido pelo excessivo amor com que nos amou
quando estávamos mortos pelos pecados, deu-nos vida juntamente em Cristo'" (Ef
2, 4).
S.Tomás de Aquino. Summa Theol., III, q. 46, a. l ad 3; ed. Leon., t. XI,1903, p. 436
Esse Amor de Deus traduziu-se no facto do próprio Deus ter entregue o seu próprio Filho, para tomando as mesmas formas dos seus filhos da terra, os pudesse, assim, salvar:
"E por isso que os filhos têm comuns a carne e o sangue, ele também participou
das mesmas coisas... Pelo que, em tudo teve de se assemelhar a seus irmãos, afim
de ser um pontífice misericordioso e fiel para com Deus, em ordem a expiar os
pecados do povo. Já que, em razão de haver ele mesmo
padecido e de ter sido tentado, pode também dar a mão aos que são tentados"
Hb
2,11-14; 17-18.
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