“Esta é a voz do meu amado.
Ei-lo que vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros.
O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho da gazela.
Eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades.
O meu amado fala e diz-me: ‘Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
Passou o inverno; a chuva cessou, e foi-se embora; Rebentam as flores na terra, o tempo das canções regressa, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no oculto das ladeiras: mostra-me a tua face, faz-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa.’” (Cant. 2, 8-14)
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