Além da sua entrega na cruz, entregando a sua vida, Cristo entregou também o seu próprio coração, relembrando as palavras que Ele próprio disse "onde tens o teu coração, aí tens o teu tesouro".
Por isso, já depois de morto, o seu coração foi aberto pela lança do soldado, abrindo-se ao mundo e a nós.Cristo deu-se por nós e abriu o seu coração (também fisicamente falando) a nós.
Ele mostra o seu coração vivo e como ferido e inflamado de um amor mais
ardente do que quando, já exânime, o feriu a lança do soldado
romano: "Por isto foi ferido (o teu coração), para que pela ferida visível
víssemos a ferida invisível do amor "
(Cfr S. Boaventura, Opusc. X: Vitis mystica, c. III, n. 5: Opera
Omnia, Ad Claras Aquas (Quaracchi), 1898, t. VIII, p. 164; cf, s. Tomás,
Summa theol., III, q. 54, a. 4; ed. Leon., t. XI,1903, p. 513, citado no ponto 44, parte final da Encíclica Haurietis Aquas)
"Por conseguinte, não pode haver dúvida alguma de que, ante as
súplicas de tão grande advogado, e feitas com tão veemente amor, o Pai
celestial, "que não perdoou seu próprio filho, mas o entregou por todos nós" (Rm
8, 32), por meio dele derramará incessantemente sobre todos os homens a
abundância das suas graças divinas". (Cfr. ponto 45 da Encíclica Haurietis Aquas)
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