Um bom cristão não se lamenta,
mas enfrenta a dor com alegria em Cristo,
mesmo no meio de
tribulações. Palavras do Papa Francisco na homilia da missa
desta manhã (terça-feira) em Santa Marta.
O Papa prosseguiu a sua homilia pondo a tónica na alegria de Paulo e
Silas,
chamados a enfrentar a prisão e persecuções para transmitir o Evangelho.
Estavam alegres – disse
– porque seguiam Cristo no caminho da
sua Paixão.
Um caminho que o Senhor percorre
com paciência… E esse é o caminho
que Jesus ensina aos cristãos.
Espírito de paciência, o que não quer dizer tristeza, não!
Quer dizer suportar sobre os
ombros o peso das dificuldades,
o peso das contradições, das
tribulações, suportar a vida de todos os dias. (…)
Jesus suportou-as com paciência
(…).
Um processo de maturidade cristã,
através do caminho da paciência.
Um processo que não se faz de uma dia
para o outro,
mas durante toda a vida para se
chegar à maturidade cristã. É como o bom vinho”
O Papa recordou depois que muitos mártires sentiam-se felizes,
como por exemplo os mártires de Nagazaki que se ajudavam mutuamente,
“esperando o momento da
morte”.
Aliás, diz-se, em relação a alguns mártires – salientou o Papa –
que iam ao patíbulo como
se vai a uma festa de casamento.
Esta atitude do suportar –
acrescentou – é a atitude normal do cristão,
mas não é uma atitude
masoquista.
Antes pelo contrário,
é uma atitude que os põe
“no caminho de Jesus”:
Quando surgem dificuldades, chegam
também muitas tentações.
Por exemplo, a lamentação: “viste o que me
aconteceu… uma lamentação.
E um cristão que se lamenta continuamente deixa de
ser um bom cristão:
é o senhor ou a senhora das lamentações, não é? (…)
Silencio no suportar, silencio
paciente.
Aquele silencio de Jesus que na
sua paixão e morte não falou…
apenas duas ou três palavras
necessária…
O silêncio da suportação da Cruz
não é um silencio triste.
É doloroso, por vezes muito
doloroso, mas não é triste.
Papa Francisco
8 maio 2013
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